MP propõe acordo a 12 suspeitos de desviar doses da vacina contra a Covid-19 em Apucarana
Por Giuliano Saito

Segundo MP-PR, doses foram desviadas para homens e mulheres antes do calendário fixado pelo Ministério da Saúde. Suspeita de desviar doses chegou a ser presa, mas responde em liberdade. Acusados de furar a fila da vacinação podem fazer acordo de R$ 120 mil com a justiça O Ministério Público do Paraná (MP-PR) propôs um acordo com 12 pessoas acusadas de desviar doses da vacina contra a Covid-19 no norte do estado. Entenda abaixo. De acordo com a instituição, o crime ocorreu em maio de 2021, quando as vacinas contra a Covid-19 eram escassas e estavam restritas a poucos grupos prioritários do estado. O MP-PR disse que, na época, as doses foram desviadas para homens e mulheres em Apucarana e Mandaguari, antes do calendário fixado pelo Ministério da Saúde. Ainda segundo a investigação, os 12 denunciados receberam as doses ou participaram indiretamente do esquema de desvio. MP faz acordo com suspeitos de desvio de doses da vacina contra Covid-19 no Paraná. Reprodução/RPC O acordo As propostas foram feitas porque os crimes denunciados têm pena mínima inferior a quatro anos. Segundo o MP, dois dos suspeitos são acusados por intermediar a aplicação das vacinas. A Justiça entendeu que eles possuem uma culpa maior, portanto, ofereceu como acordo o pagamento de uma multa de cerca de R$ 12 mil. Para os outros 10 acusados, foram oferecidos acordos com pagamento de R$ 9 mil em multa. A Justiça informou que aguarda o retorno dos advogados, mas que, até a publicação desta reportagem, a maioria havia aceitado o acordo. MP oferece acordo a suspeitos de desvio de vacinas contra Covid-19. Reprodução/RPC Responsabilidade No mesmo caso, uma mulher está sendo acusada pelo desvio direto das doses. Trata-se de Silvania Regina Ribeiro, de 46 anos. Ela também está sendo acusada de exercício ilegal da profissão de técnica de enfermagem. Segundo o MP, a suspeita trabalhava como voluntária na aplicação de vacinas. Silvania chegou a ser presa, mas responde em liberdade. A defesa da mulher pediu que a justiça defina uma pena branda, pois ela não tinha passagens pela polícia e confessou o crime. Em depoimento à Polícia Civil (PC-PR), Silvania confessou ter desviado dois frascos para aplicação de primeira e segunda doses em uma família de Mandaguari, que tem uma empresa em Apucarana, e negou ter recebido dinheiro em troca. "Simplesmente quis ajudar uma família que me ajudou muito quando mais precisei. Ninguém me pagou nenhuma dessas doses", afirmou a investigada. O Ministério Público informou que Silvania ainda não foi julgada. VÍDEOS: mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias da região no g1 Norte e Noroeste.
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