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Ferramenta movida a água é usada para moer grãos na casa de Dona Rosa, no distrito rural de Itaiacoca Moradora mantém tradição do monjolo em Ponta Grossa No sítio, entre morros de mata exuberante, a simplicidade de quem tem logo ali, atrás de casa, a riqueza de um passado preservado. Dá para escutar de longe o barulho da água e das batidas do monjolo – sinal de que a Dona Rosa Machado, de 85 anos, está lá, trabalhando na moagem de grãos como o milho, produzido no próprio sítio. Dona Rosa mora em Itaiacoca, distrito rural de Ponta Grossa, nos Campos Gerais. Ela conta que, na região, nunca mais viu outro monjolo assim, funcionando igual o dela. A origem desta “engenhoca” tem várias versões. Umas dizem que o surgimento foi no continente asiático, outras afirmam que indígenas já utilizavam o método por aqui, ou, ainda, que ele foi trazido para o Brasil pelos portugueses no período colonial. Caminhos do Campo Reprodução/RPC O monjolo é movido a água e tem basicamente duas peças: uma grande haste e o pilão, tudo feito com troncos duros de madeira. E, enquanto houver água no córrego, o monjolo sempre estará ali, prestativo, vagarosamente resgatando as mais de oito décadas de memórias da vida de Dona Rosa. Para lembrar da infância, ela pediu para o filho, José Denilson de Moraes, construir um igual para ela. O carinho que Dona Rosa tem com a tradição encanta toda a família que, no começo, até duvidou que José fosse conseguir recriar o monjolo no sítio. “Eu duvidei, achei que ele não ia acertar”, Dona Rosa relembra, aos risos. José, o filho, conta que a máquina não leva nenhum parafuso e é totalmente esculpida em madeira. “O mais difícil é acertar o balanço”, ele diz. Vídeos mais assistidos do g1 PR:
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