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Ministério Público pede que Tribunal de Contas investigue atraso em obra de trincheira em Londrina

Por Giuliano Saito


Atrasada, obra está 36% mais cara que o valor inicial. Prefeito afirma que está cobrando rapidez de empresa na construção. Ministério Público pede investigação do Tribunal de Contas em Obras de Londrina O Ministério Público do Paraná (MP-PR) pediu que o Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE) também investigue o atraso das obras da trincheira na Avenida Leste Oeste com Rio Branco, em Londrina, norte do estado. O pedido, feito em 8 de março, é de autoria dos promotores Ricardo Benvenhu e Renato de Lima Castro. No ofício que a RPC teve acesso, o MP cita o alto valor da construção, que está 36% mais cara que o valor inicial, e os aditivos de prazo concedidos pela prefeitura. Os promotores também querem uma apuração da Corte sobre a sede do Samu, que demorou um ano e sete meses além do prazo definido em contrato para ser entregue. O prédio já está pronto, mas ainda não começou a funcionar. O Tribunal de Contas informou que aguarda o protocolo do documento elaborado pelo Ministério Público. Histórico A trincheira começou a ser construída em janeiro de 2021 e deveria ficar pronta no começo de 2023. A empresa responsável, TCE Engenharia, alegou que o aumento de insumos e as constantes chuvas, entre outros motivos, atrasaram a obra. A empreiteira ganhou uma nova prorrogação, desta vez até julho deste ano, para concluir os trabalhos. Em reunião com secretários municipais, representantes da construtora afirmaram que não entregar a trincheira na data combinada. Trincheira da Avenida Rio Branco, em Londrina (PR) Alceu Nascimento/RPC De acordo com o Ministério Público, a obra ainda está em 49% de execução. Os reajustes também podem ser alvos da investigação. Os promotores citam no ofício que o custo saltou de R$ 25 milhões para mais de R$ 34 milhões. Leia também Ministério Público abre inquérito para investigar atraso em obra de trincheira em Londrina Com novo reajuste, trincheira em Londrina já é 36% mais cara do que o valor inicial Empresa diz que não vai entregar trincheira até julho e pede mais tempo para concluir obra, afirma secretário À RPC, o prefeito de Londrina, Marcelo Belinati (PP), afirmou "que está cobrando agilidade da construtora". Inquérito civil A trincheira é objeto de outras investigação aberta dentro do MP, desta vez pela 4ª Promotoria de Justiça, que pediu as seguintes informações: Notificações encaminhadas à TCE Engenharia Justificativas apresentadas pela empresa em relação aos atrasos e demais descumprimentos contratuais Todos os relatórios de medição de obra, bem como indicação do fiscaç de cumprimento do contrato e execução Íntegra do processo licitatório, contrato administrativo e termos aditivos relacionados à obra Esclarecimentos de quais providências foram adotadas em relação aos atrasos da obra e greves de operários Informações se já foi aplicada penalidade ou se há processo de aplicação de sanção em andamento Em entrevista coletiva, o secretário de Gestão Pública, Fábio Cavazotti, disse que vai responder os questionamentos da promotora. Ele adiantou que a prefeitura abriu um processo de penalidade contra a empresa, que pode ser multada por conta do atraso. Mais assistidos do g1 PR Leia mais em g1 Norte e Noroeste.