Ponto 14

Ministério Público pede perda de cargo de conselheiro tutelar de Maringá que participou de atos golpistas

Por Giuliano Saito


Jesiel Carrara apresentou atestado médico e está afastado do trabalho há quase dois meses. Ele também é investigado em um processo disciplinar aberto pela prefeitura. Procedimento do MP-PR investigou o conselheiro tutelar Jesiel Carrara Redes sociais O Ministério Público do Paraná (MP-PR) de Maringá, no norte do Paraná, pediu a perda do cargo de Jesiel Carrara como conselheiro tutelar pela participação nos atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília. O episódio terminou com a depredação dos prédios do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal (STF). O conselheiro publicou um vídeo em uma rede social junto com outros manifestantes. Após a repercussão, a gravação foi apagada. O g1 não conseguiu contato com Carrara. A ação foi protocolada na Justiça em 10 de fevereiro. O promotor Ricardo Malek Fredegoto, responsável pelo procedimento, também pede que Carrara seja declarado incapaz de se candidatar nas próximas eleições do Conselho Tutelar. A Vara da Infância e Juventude de Maringá, que recebeu o caso, disse que não poderia informar se houve decisão favorável ou não aos pedidos do MP porque a ação tramita em segredo de justiça. Ainda segundo o Ministério Público, o procedimento uniu três investigações contra o conselheiro tutelar: a participação dele nos atos antidemocráticos em Brasília, o descumprimento dos deveres da função durante um plantão e também sobre um fato ocorrido durante um atendimento a um chamado. Investigação A apuração do MP começou dois dias após os atos golpistas na capital federal. Na época, o promotor disse que na portaria de instauração que investigava "possível prática do crime de golpe de estado". Com a investigação em andamento, Jesiel Carrara protocolou um atestado médico para tratamento psiquiátrico e foi afastado do trabalho. Segundo a assessoria de imprensa da Prefeitura de Maringá, o conselheiro protocolou um novo atestado em 14 de fevereiro. Ele também é alvo de um processo disciplinar, que ainda não foi concluído. Mais assistidos do g1 PR Leia mais em g1 Norte e Noroeste.