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Ministério Público Eleitoral pede cassação do mandato do prefeito e vice-prefeito de Agudos do Sul após denúncia de compra de votos

Por Giuliano Saito


O prefeito Jesse da Rocha Zoellner (PP) e o vice-prefeito Antônio Gonçalves da Luz (PSD) foram eleitos em abril de 2022, em eleição suplementar. Defesa dos políticos considera 'descabido' o pedido de afastamento e afirmou que ação representa 'tentativa de revanche eleitoreira'. Jesse Zoellner foi eleito como prefeito de Agudos do Sul durante uma eleição suplementar Divulgação O Ministério Público Eleitoral (MPE) solicitou a cassação imediata do mandato do prefeito de Agudos do Sul, Jesse da Rocha Zoellner (PP), e do vice-prefeito, Antônio Gonçalves da Luz (PSD). Eles são acusados de compra de votos. Ambos foram eleitos em abril de 2022, em uma eleição suplementar, após a candidata eleita em 2020, Luciane Teixeira (MDB), ter a candidatura indeferida e ser reconhecida como inelegível. A denúncia que motivou a acusação de Jesse e Antônio foi protocolada inicialmente por Diego Luis Teixeira (MDB), que concorria contra a chapa na eleição suplementar. Em nota a defesa dos acusados afirmou que a ação ajuizada pelo segundo colocado "representa uma tentativa de revanche eleitoreira". Além disso considera que o pedido de afastamento é "descabido". Argumentação Na denúncia inicial, Diego Luis Teixeira afirmou que teve conhecimento de que os candidatos teriam comprado votos de ao menos dois eleitores por meio de transferência via Pix e solicitou a quebra de sigilo bancário, que foi atendida. Além disso, segundo Teixeira, a chapa teria montado uma estrutura para transportar eleitores. Segundo apurou o MPE, a quebra de sigilo bancário de Jesse da Rocha Zoellner indicou ao menos 18 pessoas que votam na cidade de Agudos do Sul e receberam valores via Pix entre os dias 26/03/2022 e 01/04/2022, ou seja, poucos dias antes do pleito eleitoral. Conforme a instituição, a ação demonstra que a chapa tentou "transformar o voto em mercadoria passiva de troca por valores". Além disso, o MPE reforça que o voto é "um direito político assegurado ao cidadão e não pode ser convertido em moeda de troca". Conforme dados do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR), ao final da apuração da eleição suplementar, Zoellner recebeu 3.117 votos (52,56%). Foram 5.930 no total, sendo que Diego Teixeira (MDB) ficou com 2.813 votos (47,44%). LEIA TAMBÉM: ‘A gente sempre deu força uma pra outra por sermos mulheres, negras e dedicadas ao trabalho’, lembra Dulcineia Bebê de um ano morre após engolir bateria de lítio em Foz do Iguaçu, diz médico Homem fica entalado em exaustor ao tentar furtar restaurante em Nova Londrina Até esta publicação ir ao ar, a prefeitura não confirmou se Jesse e Antônio Gonçalves foram afastados dos cargos. VÍDEOS: mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias no g1 Paraná.