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Maioria dos brasileiros apoia uso de tornozeleira eletrônica em Bolsonaro, aponta Datafolha

Entre os que aprovam a decisão, 44% afirmaram concordar totalmente com o uso da tornozeleira, enquanto 11% disseram concordar em parte

Por Da Redação

Maioria dos brasileiros apoia uso de tornozeleira eletrônica em Bolsonaro, aponta Datafolha Créditos: Lula Marques/Agência Brasil

A decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), de impor o uso de tornozeleira eletrônica ao ex-presidente Jair Bolsonaro tem o apoio da maioria da população brasileira. É o que revela pesquisa Datafolha divulgada nesta sexta-feira (1º), segundo a qual 55% dos entrevistados consideram a medida correta.

Entre os que aprovam a decisão, 44% afirmaram concordar totalmente com o uso da tornozeleira, enquanto 11% disseram concordar em parte. Por outro lado, 41% se posicionaram contra a medida, sendo 9% que discordam em parte e 32% que discordam totalmente. Outros 3% não souberam responder, e 1% declarou não concordar nem discordar.

A pesquisa também abordou a percepção sobre uma possível tentativa de fuga de Bolsonaro. Para 55% dos entrevistados, o ex-presidente tinha a intenção de deixar o país antes de ser julgado pelo STF. Já 36% acreditam que essa não era a intenção, e 10% não souberam opinar.

O levantamento foi realizado entre os dias 29 e 30 de julho, com 2.004 pessoas com 16 anos ou mais, em todas as regiões do país. A margem de erro é de dois pontos percentuais, para mais ou para menos.

A tornozeleira eletrônica faz parte de um conjunto de medidas cautelares impostas pelo Supremo no inquérito que investiga a tentativa de golpe de Estado após a derrota de Jair Bolsonaro nas eleições de 2022. Além da restrição de locomoção, as ações visam impedir que o ex-presidente interfira nas investigações ou deixe o território nacional, especialmente diante das suspeitas de articulações para escapar de uma eventual condenação.

O ex-presidente nega as acusações e seus aliados criticam o que chamam de excessos do Judiciário. A imposição da tornozeleira reacendeu o debate político sobre a atuação do STF e a responsabilização de figuras públicas envolvidas nos atos de 8 de janeiro de 2023.

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