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Os dois vão ser julgados por tortura, cárcere privado e fraude processual; padrasto também vai a júri por homicídio qualificado. Crime aconteceu em fevereiro. Defesa disse não ter sido notificada da decisão. Rômulo foi encontrado morto em fevereiro, com um ferimento na testa Reprodução/RPC A mãe e o padrasto de um jovem autista que foi encontrado morto em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, vão a júri popular. A decisão de quarta-feira (14), com trânsito em julgado, foi assinada pelo juiz Gilberto Romero Perioto. Renata Fernanda Quadros Borges vai ser julgada pelos crimes de tortura e cárcere privado contra o filho, além de fraude processual. Os mesmos crimes valem para o padrasto Samuel de Jesus da Silva, que também vai a júri por homicídio duplamente qualificado - com as qualificadoras de meio cruel e recurso que dificultou defesa da vítima. Procurada, a defesa do casal afirmou que ainda não foi intimada da decisão, mas que vai tomar as medidas judiciais cabíveis para "resguardar os direitos dos acusados" assim que tomar conhecimento. O crime aconteceu em 18 de fevereiro deste ano. Rômulo Luiz Fernandes Borges foi encontrado morto, dentro de casa, com sinais de maus-tratos. O laudo do Instituto Médico-Legal apontou que a vítima morreu por conta de um traumatismo craniano causado por "ação contundente", uma forte pancada. IML também ressaltou lesões pelo corpo e desnutrição de jovem autista Troca de mensagens mostra que entidade procurou mãe de autista para consultas e acompanhamento Em depoimento, padrasto diz que 'às vezes era necessário colocar pano' na boca de Rômulo Na decisão, o juiz também determinou que o padrasto deve permanecer preso. Já a mãe vai poder aguardar o julgamento em liberdade. Até a publicação desta reportagem, a data do júri popular não havia sido definida. Professoras de jovem autista encontrado morto falam ter feito denúncia: 'Parecia que estava pedindo socorro' MP-PR recebeu em 2019 denúncia de maus-tratos a jovem autista encontrado morto com sinais do crime Imagens Imagens mostram movimentação antes de menino com autismo ser encontrado morto As imagens mostram a movimentação na casa na manhã do dia 18 de fevereiro, registrando a saída da mãe da vítima por volta de 8h40. Quase 15 minutos depois, o padrasto de Rômulo aparece na garagem usando o telefone. Ele entra na casa às 8h58 e sai um minuto depois, ficando na garagem por cerca de cinco minutos. Neste instante a mãe da vítima chega, corre até o portão e encontra o padrasto na garagem. Eles entram juntos na residência. A câmera registra ainda que às 9h07 o padrasto sai novamente da casa, e parece falar ao celular, retornando para a residência na sequência. Sete minutos depois, ele volta até a garagem com o filho menor no colo. Às 9h21, uma ambulância do Samu passa em frente à residência. Um minuto depois, o casal aparece na garagem e o padrasto vai até a rua, acenando para a ambulância. Às 9h23, a equipe do Samu entra na casa. VÍDEOS: Mais assistidos do g1 PR Veja mais notícias da região em g1 Campos Gerais e Sul.
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