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O presidente da República nomeou o paranaense diretor-geral brasileiro da companhia binacional. Verri assume as atividades oficialmente nesta segunda-feira (13). Enio Verri é economista e foi reeleito para o terceiro mandato como deputado federal Reprodução/PT Brasil O recém nomeado diretor-geral brasileiro de Itaipu, Enio Verri (PT), afirmou que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) dará o "carimbo final" nas nomeações da nova diretoria da companhia. Em entrevista exclusiva à RPC, Verri afirmou que fará a análise do currículo dos cotados, dando a "última palavra técnica" sobre as indicações. Porém, reforçou que o processo é fruto de negociações políticas do ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, da presidente nacional do PT, deputada federal Gleisi Hoffman (PR), junto aos partidos da "frente ampla" do governo. "A direção da Itaipu terá diretorias ligadas aos vários partidos. Claro, o partido indica, no meu caso eu aprovo ou não o currículo da pessoa indicada e. se essa pessoa não preencher os requisitos, é claro que o partido irá indicar outro ou uma outra profissional para ocupar a vaga. Então, o meu papel é de análise, vamos chamar assim, de análise técnica. Mas análise das indicações, isto é uma determinação que o presidente nos impôs, e a última palavra é dele." A nomeação de Verri foi publicada na última sexta-feira (10) em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). O documento é assinado por Lula e pelo ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira de Oliveira. O paranaense vai exercer o mandato até 16 de maio de 2027 e assume o lugar do almirante Anatalício Risden Junior, indicado por Jair Bolsonaro. Enio Verri é nomeado para diretor-geral da Itaipu Binacional Ricardo Stuckert/divulgação Leia também: ICMS sobe a partir de segunda (13) no Paraná; veja produtos afetados Estrada da Graciosa é interditada após novo deslizamento de terra Fungo de The Last of Us tem ‘primo’ no Brasil que 'domina' pequenos animais e é útil na agricultura; entenda Negociação com Paraguai O diretor-geral lista como um dos maiores desafios da gestão à frente da companhia a revisão prevista para este ano de parte do Tratado de Itaipu, firmado entre e Brasil em 1973. Os dois países discutirão novos termos do Anexo C, que trata das bases financeiras e da prestação dos serviços de eletricidade da usina binacional. "O que nós vamos ter que fazer agora é discutir exatamente isto com Paraguai: nós vamos fornecer só a energia ao menor preço possível, ou nós vamos ter que discutir algo mais além do custo de energia? E se vamos ter que oferecer algo mais, que tipo de investimentos faremos?", afirma Verri. De acordo com o diretor-geral, as negociações do anexo C só devem tomar forma por volta de agosto, quando o presidente a ser eleito pelos paraguaios - em abril - deve assumir. De acordo com a Itaipu, os dois países têm direito à metade da produção gerada pela usina. O Paraguai não usa toda parte a qual tem direito, sendo obrigado a vender o excedente ao lado brasileiro. O lado brasileiro da usina fica em Foz do Iguaçu. A Itaipu é a segunda maior usina hidrelétrica do mundo. A usina utiliza toda a água que vem da bacia do Rio Paraná para a produção de energia. Verri disse também que vai trabalhar para expandir a transição energética no Brasil, com novas alternativas sustentáveis. "Vamos fazer um debate profundo com o mundo da ciência, com pesquisadores e iniciativas privadas", disse, Obras de infraestrutura Ao ser questionado sobre as obras da Perimetral Leste, nova rodovia que contornará Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, da BR-277 à nova ponte entre Brasil e Paraguai, Verri afirmou que a gestão da obra não é de responsabilidade de Itaipu, mas que vai monitorar o andamento das obras. "A Itaipu repassava o recurso, mas a gestão da obra não cabe à Itaipu. Eu tenho que ver com quem: se é com município, se é com o DER, com o próprio governo do Estado. Então, portanto, a responsabilidade da velocidade da obra, tenho certeza absoluta, não é da Itaipu. Mas, claro, é nossa obrigação, de quem financia integralmente a obra, de cobrar com que ela seja realizada da melhor maneira possível", afirmou. Verri disseque todas as futuras obras realizadas ou investidas pela Itaipu não serão interrompidas. "É muito mais caro parar qualquer obra do que terminá-la", completou. Obras da Perimetral Leste de Foz do Iguaçu DER-PR Quem é Enio Verri Economista, Verri é especialista em teoria econômica, mestre em economia e doutor em integração da América Latina pela Universidade de São Paulo (USP). Em 2022, Enio Verri foi reeleito deputado federal com 95.171 votos. Ele é natural de Maringá, na região norte. Deputado federal Enio Verri (PT) é escolhido por Lula para direção da Itaipu Binacional Última parcela: Itaipu Binacional ultima parcela da dívida de construção de usina hidrelétrica Ele tem tem 61 anos e foi eleito para o terceiro mandato consecutivo como deputado federal nas últimas eleições. Antes, foi deputado estadual do Paraná por dois mandatos (2007-2014). Na Câmara dos Deputados, teve passagens por comissões como a de Finanças e Tributação e a de Desenvolvimento Econômico, Indústria, Comércio e Serviços. Antes da política, Verri foi professor de economia na Universidade Estadual de Maringá (UEM). Em cargos públicos, foi secretário municipal de fazenda da Prefeitura Municipal de Maringá (2001-2003); Secretário municipal de governo (2003-2004); e secretario de estado de planejamento, no Governo do Paraná, entre 2007 e 2010. Vídeos: mais assistidos do g1 PR Veja mais notícias da região em g1 Oeste e Sudoeste.
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