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Litoral do Paraná tem aumento de 20% em furtos em um ano; veja os números por cidade

Por Giuliano Saito


Índices cresceram em cinco dos seis municípios da região. Polícia diz que aumento tem relação com 'crise econômica e aumento da pobreza'. Policial militar em trabalho no litoral do Paraná Reprodução/Polícia Militar do Paraná Os municípios do litoral do Paraná registraram um aumento de 20% no número de furtos em um ano. Segundo levantamento da Secretaria de Estado da Segurança Pública (Sesp), foram 7.277 ocorrências deste tipo em 2022 e 6.032 em 2021. Os dados foram obtidos pelo g1 com a secretaria por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI). O balanço considera a quantidade de Boletins de Ocorrência (B.Os) de todos os tipos de furto. O litoral é formado por sete municípios: Antonina, Guaratuba, Matinhos, Morretes, Paranaguá, Pontal do Paraná e Guaraqueçaba - os dois últimos foram únicos que tiveram queda no índice foram. De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Guaraqueçaba é a menor cidade da lista, com 7.871 moradores. Veja os números completos de furtos abaixo: FURTOS NO LITORAL DO PARANÁ Conforme os números fornecidos pela Sesp, os aumentos mais expressivos foram em Matinhos (30%), Paranaguá (28%) e Guaratuba (26%). Questionada sobre o motivo de Matinhos apresentar o maior crescimento, a secretaria explicou, em nota, que o fato está ligado "à alta temporada, quando aumenta o número de pessoas nos municípios litorâneos". A Sesp garante que, "mesmo após o término do Verão Maior Paraná, mantém as forças de segurança no litoral com as equipes locais". No balanço, foi constatada a diminuição de 3% nos roubos. Foram 860 em 2022 e 891 em 2022, conforme informou a secretaria. Veja também: Assista: homens furtam pavão de restaurante em Matinhos Relembre: Número de roubos aumenta no litoral do Paraná Eletrônicos: Número de furtos de celular cresce 52% no Paraná O que dizem as autoridades Segundo o delegado chefe da 1ª Subdivisão Policial de Paranaguá, Rogério Martin de Castro, o aumento de furtos no litoral está relacionado ao crescimento da pobreza e também à crise econômica pós-pandemia. "Parte deste aumento, na verdade, é a formalização de um número pré-existente, ou seja, furtos ocorridos durante ou logo após a fase crítica da pandemia e que foram registrados após esse período, quando o atendimento nas delegacias foi normalizado". Castro argumenta também que os números podem ter crescido porque muitas vítimas noticiavam a ocorrência como extravio, mas assinalavam como furtos. Além disso, o delegado justifica que, como considera a pena do crime de furto pequena (de 1 a 4 anos, segundo o Código Penal), os suspeitos são soltos logo após as prisões. O delegado informou que a Polícia Civil (PC-PR) tem intensificado "ações a possíveis receptadores, especialmente no caso de furtos de fios elétricos e de telefone", além de reforçar "os patrulhamentos nas áreas de maior incidência de furtos". Conforme Castro, a maioria dos suspeitos comete este tipo de crime "para manter o vício em drogas". Os furtos, na visão do delegado, são geralmente praticados "por moradores das cidades do litoral, à exceção do período de férias, quando a população aumenta exponencialmente". Polícia Militar Em nota, a Polícia Militar disse que "em relação ao pequeno acréscimo, os furtos estão diretamente ligados com a maior movimentação de pessoas, sem as medidas de restrição". De acordo com a PM, "para garantir ainda mais segurança para a população, não apenas do litoral do estado, mas de todo o Paraná, a Polícia Militar está finalizando o processo de formação de mais 2,6 mil militares estaduais que, em breve, estarão também protegendo a sociedade". Mais assistidos do g1 PR Veja mais notícias do estado em g1 Paraná.