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Líder do Comando Vermelho foge com proteção de 70 homens durante megaoperação no Rio

Edgar Alves, conhecido como Doca, escapou da ação policial mais letal da história do estado; polícia oferece recompensa de R$ 100 mil por informações

Líder do Comando Vermelho foge com proteção de 70 homens durante megaoperação no Rio Créditos: Reprodução Internet

A megaoperação policial realizada nesta terça-feira (28) nos complexos do Alemão e da Penha, no Rio de Janeiro, revelou a ampla estrutura de segurança que protegia o líder do Comando Vermelho (CV), Edgar Alves de Andrade, conhecido como Doca ou Doca da Penha.

De acordo com a apuração do analista Leandro Stoliar, divulgada no programa CNN Novo Dia, cerca de 70 homens armados faziam a segurança de Doca durante a operação. Apesar da ação ter mobilizado mais de 2,5 mil agentes das forças estaduais de segurança, o criminoso conseguiu fugir. 

“Para se ter uma ideia da importância do Doca, uma fonte da polícia disse que pelo menos 70 criminosos faziam a segurança dele no momento da operação”, relatou Stoliar.

Principal alvo da operação

A operação, considerada a mais letal da história do Rio de Janeiro, deixou ao menos 100 mortos, mas não conseguiu capturar o principal alvo. O Disque Denúncia oferece uma recompensa de R$ 100 mil por informações que levem à prisão de Doca, valor equivalente ao que foi pago na época pela localização de Fernandinho Beira-Mar, quando ele fugiu para a Colômbia.

Durante a ação, a polícia tentou cumprir 100 mandados de prisão. Entre os principais alvos estavam Carlos da Costa Neves (Gadernau), Juan Breno Malta Ramos Rodrigues (BMW) e Edgar Alves de Andrade (Doca), apontado como chefe da facção na Penha e braço direito do líder nacional do Comando Vermelho.

Treinamento e esquema de proteção

Segundo Stoliar, os criminosos que atuam na cúpula do Comando Vermelho recebem treinamento de guerrilha e contam com várias camadas de proteção armada.

“Para chegar ao principal alvo da operação é preciso atravessar diversas barreiras de criminosos fortemente armados que protegem o chefe da facção”, explicou o analista.

A operação foi planejada de um dia para o outro, o que, segundo a apuração, pode ter contribuído para o elevado número de confrontos. Diferentemente da ofensiva realizada em 2010, também no Complexo do Alemão, a ação não contou com apoio das Forças Armadas, o que reduziu a capacidade de cerco e dificultou a captura dos líderes.

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