RESULT

Júri dos cinco acusados por morte de psicóloga da Penitenciária de Catanduvas começa nesta segunda (30)

Por Giuliano Saito


Melissa Almeida foi morta a tiros em Cascavel, no oeste do Paraná, em 2017. Júri foi adiado diversas vezes. Relembre caso nesta reportagem. A psicóloga Melissa Almeida foi morta no dia 25 de maio quando chegava em casa, em Cascavel Reprodução Começou nesta segunda-feira (30), o júri popular de cinco acusados pela morte da psicóloga Melissa Almeida Araújo em Cascavel, no oeste do Paraná. Melissa que atuava na Penitenciária de Catanduvas foi morta a tiros em 2017 quando chegava em casa com o marido e o filho. Um inquérito da Polícia Federal (PF) apontou que a morte da psicóloga foi encomendada por uma facção criminosa. Veja detalhes mais abaixo. Por se tratar de crime contra a vida de servidor público federal no exercício das funções, a competência para julgamento é do Tribunal do Júri da Justiça Federal. O júri ocorre em Curitiba e começou as 9h desta segunda. Acusados Edy Carlos Cazarim, Wellington Freitas da Rocha, Elnatan Chagas de Carvalho, Roberto Soriano e Andressa Silva dos Santos são réus pelos crimes de homicídio triplamente qualificado contra Melissa e organização criminosa. Entre os crimes cometidos pelos acusados está também tentativa de homicídio triplamente qualificado, posse de arma de fogo, munição e acessório de uso restrito e receptação dolosa. O g1 tenta localizar a defesa dos acusados. Adiamentos O julgamento dos cinco acusados foi adiado diversas vezes. O primeiro júri iniciou em 23 de agosto de 2021, porém, no sexto dia de julgamento a Justiça anulou a sessão após o Ministério Público Federal (MPF) apresentar documentos inéditos aos jurados durante os debates entre as partes. Conforme decisão da juíza Gabriela Hardt, a decisão de dissolver o conselho de sentença - jurados sorteados para o julgamento - aconteceu porque os documentos não estavam anexados aos autos do processo dentro do prazo legal, como determina o artigo 479 do Código Penal. O julgamento foi remarcado para 31 de janeiro de 2022, porém na data um dos advogados de defesa do acusado Roberto Soriano testou positivo para a Covid-19 e o júri foi adiado. Em agosto 8 de agosto de 2022 o novo julgamento foi marcado, mas novamente adiado. Na época, a Justiça Federal alegou que atendeu ao pedido da defesa dos acusados e "entendeu inviável a instalação do conselho de sentença no dia de hoje", dizia trecho da decisão. A Justiça, no entanto, não mencionou o que tornou 'inviável' a formação de conselho para realização do júri na data. A data de 30 de janeiro para o novo júri foi informada pela Justiça Federal no episódio. VEJA TAMBÉM: Justiça anula novamente julgamento de cinco acusados por morte de psicóloga da Penitenciária de Catanduvas Polícia prende terceiro suspeito de morte de psicóloga da Penitenciária de Catanduvas PF conclui que morte de psicóloga da Penitenciária de Catanduvas foi encomendada por facção criminosa Justiça anula julgamento de acusados por morte de psicóloga da Penitenciária de Catanduvas Relembre o caso Melissa Almeida, de 37 anos, foi assassinada no dia 25 de maio, quando chegava em casa, em um condomínio no Bairro Canadá, em Cascavel. O carro em que ela, o marido e um filho do casal estavam ficou cheio de marcas de tiros de fuzil. O marido, que é policial civil, chegou a trocar tiros com os criminosos e ficou ferido. Um dos suspeitos também foi morto. Já a criança não foi ferida. A psicóloga trabalhava na unidade de Catanduvas desde 2009 e integrava uma comissão que avalia as condições psicológicas dos presos. Melissa teve a rotina monitorada por, pelo menos, 40 dias e foi considerada um alvo de "fácil alcance", de acordo com as investigações. Conforme a PF, o assassinato foi uma vingança e uma forma de tentar intimidar o trabalho dos agentes penitenciários no sistema prisional federal. Além disso, a ordem para o assassinato da agente foi dada de dentro da Penitenciária de Catanduvas, de acordo com a polícia. VÍDEOS: mais assistidos do g1 PR Veja mais notícias da região em g1 Oeste e Sudoeste.