A Justiça de Goiás determinou que duas crianças trocadas por engano em uma maternidade de Inhumas, em 2021, retornem às suas famílias biológicas. Os meninos nasceram no mesmo dia e foram entregues aos pais errados por falha na identificação no berçário.
De acordo com a decisão, a troca será feita de forma gradual, permitindo que as crianças mantenham convivência com ambas as famílias durante o processo de adaptação. O caso, que gerou grande comoção, segue tramitando na esfera cível.
Na área criminal, a investigação conduzida pela Polícia Civil foi arquivada em março deste ano. O inquérito concluiu que não houve crime, mas sim negligência do hospital por não identificar corretamente os recém-nascidos.
As duas famílias pedem uma indenização de R$ 1,4 milhão por danos morais e materiais. Na primeira audiência de conciliação, não houve acordo, e uma nova audiência de instrução e julgamento foi marcada para a próxima semana.
Um dos pais, Cláudio Alves, relatou o impacto emocional causado pela situação. Segundo ele, a esposa precisou deixar o emprego devido ao estresse. Apesar do sofrimento, Cláudio destacou a boa relação com a outra família, o que tem ajudado na transição.
“Graças a Deus, a outra família são pessoas de bem. Sabemos que nosso filho estará bem criado, mas é uma dor muito grande. Esperamos que tudo termine da melhor forma possível”, afirmou.