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Justiça determina devolução de bens à empresa investigada por não realizar baile de formatura de alunos de medicina, em Maringá

Por Giuliano Saito


Liminar foi assinada pela desembargadora da 2ª Vara Cível de Maringá, Ana Lúcia Lourenço. Defesa da Brave afirma que os estudantes terão que pagar pelo prejuízo causado à empresa. Empresa Brave tem bens devolvidos Reprodução A Justiça da 2ª Vara Cível de Maringá, no norte do Paraná, decidiu devolver os bens apreendidos à empresa Brave, investigada por não realizar a formatura de mais de 100 estudantes de medicina na cidade. Segundo os estudantes, o prejuízo chega a quase R$ 3 milhões. Eles alegam que o contrato não foi cumprido como combinado, após não terem o baile de formatura que seria realizado no sábado (21). Relembre o caso mais abaixo. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram A liminar, assinada pela desembargadora Ana Lúcia Lourenço, destaca a devolução para um dos sócios da Brave, Rafael Brogni. Foram apreendidas caminhões, estruturas e decorações que seriam utilizadas para o baile de formatura dos estudantes, que não aconteceu. Segundo o documento, o proprietário só vai poder usar os equipamentos com a finalidade de comercialização do serviço, mas não poderá vender ou doar. O advogado que representa a Brave, Ricardo Medeiros de Araújo, informou que os diretores da empresa vão se reunir nesta sexta-feira (27) para definir como e quando os equipamentos serão retirados do local. "Não existe essa narrativa de golpe, tampouco de R$ 3 milhões. Nós estamos discutindo o descumprimento contratual de R$ 533 mil, se houve ou não... se quem tem razão é a comissão de formatura, ou a Brave", afirmou. Leia também Após baile de formatura cancelado em Maringá, Justiça bloqueia até R$ 3 milhões de empresa suspeita de golpe contra estudantes de medicina O que diz a defesa da Brave De acordo com Ricardo, mais da metade do serviço que estava no contrato foi cumprido. "80% do contrato foi entregue. Se essa parte foi entregue, nós não estamos mais falando de R$ 3 milhões". "Os formandos terão que pagar pelos prejuízos causados à empresa. Não tenha dúvida. Não só os prejuízos que foram causados com relação aos danos e saques que ocorreram no local do evento", concluiu. O que diz a defesa da comissão organizadora de formatura Segundo a advogada Angélica Carnovale, que representa à comissão organizadora de formatura, afirmou que a Brave não cumpriu com com o que foi acordado em contrato. "Primeiramente eles não cumpriram o que foi acordado no primeiro evento [...] a empresa não serviu nada do que foi combinado, também, no sábado, não havia nenhum contrato. Havia a previsão de um baile para 2.800 pessoas, sem buffet contratado", disse. Investigação Um inquérito foi aberto na segunda-feira (23). Segundo o delegado Fernando Garbelini, 15 pessoas foram ouvidas. "O descumprimento contratual não necessariamente gera um crime de estelionato, então, vamos verificar qual era a intensão dessa empresa. Se, desde o inicio, ela tinha intensão de não cumprir com o contrato ou se teve algum dolo", explicou. Delegado Fernando Garbeline de Maringá investiga o caso RPC/rerodução Caso vai parar na Justiça Um pedido de arresto, assinado no domingo (22) pelo juiz Jaime Souza Pinto Sampaio, que atendeu a um pedido da defesa da comissão organizadora de formatura, foi emitido como garantia do ressarcimento dos prejuízos causados aos estudantes. A liminar ainda cita a apreensão de toda a estrutura montada no Parque de Exposição, onde iria ocorrer o evento. Leia mais 'Eu defini como um pesadelo', diz aluno de medicina de Maringá sobre baile de formatura cancelado na véspera Materiais e estruturas são apreendidas Lucas Voltarelli/arquivo pessoal Relembre o caso Tudo ocorreu no sábado (21). Mais de 100 alunos de medicina de uma universidade particular de Maringá iriam participar do baile de formatura, que não ocorreu. Os estudantes da comissão alegam que a empresa não teria pago os fornecedores. Os formandos afirmam que o jantar, realizado no sábado (21) teria atrasado. Além disso, os alunos argumentam que as atrações musicais previstas para o baile deste sábado não tiveram as participações confirmadas. Os alunos alegam prejuízo de quase R$ 3 milhões que, segundo eles, a empresa Brave não cumpriu com o contrato. Em nota aos estudantes, a Brave disse além da readequação do baile, outros serviços "não foram entregues conforme o contratado". Como o chão que, conforme os estudantes, demonstrou precário e inseguro para locomoção dos convidados e que "pouca comida foi servida", além da iluminação e a decoração "precária". Festa cancelada em Maringá RPC Polícia Civil começou a ouvir estudantes que registraram queixas na delegacia. RPC Maringá Leia também ANTES e DEPOIS: Veja como ficaram as prainhas do noroeste após serem 'engolidas' pelo Rio Paraná Mais assistidos do g1 PR Veja mais em g1 Norte e Noroeste.