Ponto 14

Justiça começa audiências de instrução e julgamento da mega tentativa de assalto em Guarapuava

Por Giuliano Saito


Testemunhas de defesa e de acusação estão sendo ouvidas nesta etapa. Crime foi em abril do ano passado e chocou o município da região central do Paraná. Unidade da PM em Guarapuava foi atacada durante tentativa de assalto Eduardo Andrade/RPC A Justiça começou nesta semana as audiências de instrução e julgamento da mega tentativa de assalto a uma empresa de transporte de valores em Guarapuava, na região central do Paraná. O crime foi em abril do ano passado e deixou um policial morto. Os bandidos atacaram a sede do 16º batalhão de Polícia Militar com tiros e atearam fogo em veículos na frente do quartel. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram O ataque foi executado no modelo conhecido como novo cangaço. Os suspeitos chegaram a entrar na empresa, mas, segundo a polícia, não conseguiram chegar até o cofre e fugiram sem levar dinheiro. As investigações levaram à denúncia de dezenas de pessoas pelo Ministério Público e à abertura de três ações penais. Relembre mais abaixo. Estradas foram incendiadas durante ataque em Guarapuava (PR) Reprodução As audiências desta semana são relativas a dois presos: Anderson Parra Pereira e Sidnei Alves Pinto. A reportagem tenta contato com a defesa dos deles. Eles respondem pelos crimes de latrocínio (roubo seguido de morte), porte de armas de uso restrito, sequestro de oito pessoas usadas como escudo humano, cinco incêndios e dano ao patrimônio público. Até o fim desta quarta-feira (18), serão ouvidas as testemunhas de acusação. Na quinta (18) é a vez das testemunhas de defesa. Na sexta-feira (20), os dois réus serão ouvidos no Fórum de Guarapuava. Depois dos depoimentos, a juíza responsável pelo caso abre espaço para as alegações finais do Ministério Público e da defesa. Na sequência, a magistrada define a sentença. Réus foram presos em São Paulo Segundo o Ministério Público, Parra foi o primeiro a ser preso. Ele foi localizado em Hortolândia, em São Paulo, e está detido desde 8 de maio de 2022. O outro réu, Sidnei Alves Pinto, conhecido como ''Cigano'', foi preso em 1º de junho, no Guarujá, também em São Paulo, em ação conjunta com a polícia do Paraná. Segundo o MP, ele é considerado uma das principais lideranças de uma facção criminosa e do planejamento do assalto. Além dos dois réus, outras 22 pessoas foram presas pela tentativa de mega assalto e serão julgadas em outros processos. O caso A invasão a Guarapuava foi no final da noite de 17 de abril de 2022. Bandidos atacaram a sede do 16º Batalhão de Polícia Militar (BPM) com tiros e atearam fogo na em veículos na frente do quartel. Na ação, um policial foi atingido com um disparo na cabeça e morreu dias depois. O alvo dos assaltantes era uma transportadora de valores. Eles chegaram a entrar no prédio, mas segundo a polícia, não conseguiram chegar até o cofre e fugiram sem levar dinheiro. Vídeo mostra 'cordão humano' feito com reféns durante ataque à empresa em Guarapuava RELEMBRE: Policial que estava em viatura fuzilada, em Guarapuava, relata terror: ‘eles atiram pra matar e não param’ 'Colocou a arma entre a gente e começou a atirar contra a polícia', diz jovem usado como escudo humano em Guarapuava 'Muito barulho de bala, pessoas gritando no meio da rua', diz morador de Guarapuava após ataque de assaltantes Cronologia da tentativa de assalto em Guarapuava Wagner Magalhães VÍDEOS: os mais assistidos do g1 PR Mais notícias da região em g1 Campos Gerais e Sul.