Juliana Marins é encontrada morta após queda durante trilha em vulcão na Indonésia
Publicitária de Niterói estava em mochilão pela Ásia e ficou quase quatro dias desaparecida
Por Gazeta do Paraná

A brasileira Juliana Marins, de 27 anos, foi encontrada morta nesta terça-feira (24) após sofrer uma queda durante uma trilha no Monte Rinjani, um vulcão ativo localizado na ilha de Lombok, na Indonésia. A confirmação foi feita pela família da jovem por meio das redes sociais.
Juliana havia desaparecido na madrugada de sábado (21), horário local, após cair de um penhasco em uma das trilhas que levam ao cume do Rinjani, região conhecida tanto pela beleza natural quanto pelos riscos. Desde então, equipes de resgate enfrentavam dificuldades para chegar ao local devido à neblina e ao terreno de difícil acesso.
“A equipe de resgate conseguiu chegar até o local onde a Juliana estava. Com imensa tristeza, informamos que ela não resistiu”, informou a família em nota divulgada às 11h, horário de Brasília.
Formada em Publicidade pela UFRJ, Juliana era natural de Niterói (RJ) e já havia trabalhado com conteúdo e produção nos canais Off e Multishow. Ela viajava sozinha pela Ásia desde o fim de fevereiro, num roteiro que incluía Filipinas, Vietnã, Tailândia e Indonésia. Nas redes sociais, ela compartilhava fotos e reflexões sobre a experiência de viajar só.
A trilha onde ocorreu o acidente faz parte de um parque natural com mais de 40 mil hectares, localizado no chamado “anel de fogo do Pacífico” uma das regiões com maior atividade vulcânica do mundo.
Durante os dias de desaparecimento, familiares enfrentaram desencontros de informações, inclusive com relatos falsos de que Juliana teria sido resgatada. O próprio embaixador do Brasil na Indonésia, George Monteiro Prata, admitiu ter repassado, de boa-fé, uma informação equivocada recebida de autoridades locais.
A demora no resgate também foi alvo de questionamentos por parte da família, que precisou acionar contatos locais, turistas e alpinistas para reunir informações mais concretas.
Juliana era conhecida por sua criatividade, dedicação e paixão por viagens. Em uma das últimas publicações nas redes sociais, escreveu:
“Fazer uma viagem longa sozinha significa que o sentir vai sempre ser mais intenso e imprevisível do que a gente tá acostumado. E tá tudo bem, nunca me senti tão viva”.
