Juiz da Lava Jato cita 'indícios seríssimos' de que Youssef cometeu novos crimes e volta a decretar prisão do doleiro
Por Giuliano Saito
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Juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Eduardo Appio, revogou ordem de prisão decretada nesta segunda-feira (20), juntou novos argumentos, e emitiu nova determinação. Defesa do doleiro disse que vai recorrer. O doleiro Alberto Yousseff na CPI Reprodução O juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, Eduardo Appio, decretou nesta terça-feira (21), pela segunda vez em menos de 24 horas, a prisão do doleiro Alberto Youssef. A defesa do investigado disse que vai recorrer. Pivô da Lava Jato, o investigado foi preso nesta segunda-feira (20) em Itapoá, Santa Catarina, e levado para a capital paranaense. Após o cumprimento da prisão, o advogado de defesa do doleiro, Luis Gustavo Flores, protocolou um pedido de habeas corpus no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4). O pedido foi acatado pela Justiça nesta terça. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Também nesta terça, o magistrado revogou o decreto de prisão assinado por ele próprio. Na sequência, emitiu nova ordem, com novos argumentos, voltando a determinar a prisão preventiva. Dessa forma, o habeas corpus concedido pelo TRF-4, com base no primeiro decreto de prisão, perde o efeito. Os argumentos do juiz No primeiro mandado contra Youssef, o juiz, responsável pelos processos da Lava Jato em Curitiba, argumentou que o doleiro deveria voltar ao regime fechado por ter dívidas com a Receita e caráter voltado a "crimes do colarinho branco". Entenda mais detalhes. O preso foi submetido a uma audiência de custódia na tarde desta terça. O documento que resume a sessão cita que o Appio determinou a revogação da ordem de prisão assinada por ele e, em seguida, já emitiu decreto semelhante. No segundo decreto de prisão contra Youssef, o juiz diz que a prisão preventiva é necessária diante de seríssimos indícios de que o doleiro tenha cometido novos ilícitos, entre eles a sonegação da Justiça e da Receita de informações sobre bens. "As novas práticas delitivas não foram objeto de qualquer acordo de colaboração no passado, sendo certo que o investigado não possui uma espécie de carta branca ou blindagem para o cometimento de crimes", afirmou o magistrado na audiência de custódia. Diante da nova ordem de prisão, a defesa de Youssef afirmou que ingressará com novo pedido de soltura. *Esta reportagem está em atualização. Os vídeos mais assistidos do g1 PR: Mais notícias do estado em g1 Paraná.
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