Jovem de 17 anos é morto pela PM, e moradores de bairro de Curitiba protestam; ônibus foi apedrejado e incendiado
Por Giuliano Saito
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Caso aconteceu no Parolin na tarde desta sexta (2). PM disse que vai se manifestar após formalizar boletim de ocorrência. Defensoria Pública disse que 'acompanha caso com preocupação'. Confronto aconteceu no início da tarde desta sexta (2) RPC Um jovem de 17 anos morreu nesta sexta-feira (2), em Curitiba, em uma operação da Polícia Militar (PM-PR) contra o tráfico de drogas. O caso, que aconteceu no bairro Parolin, gerou protesto de moradores. Dois policiais ficaram feridos. A família do jovem contestou a ação. Segundo a Polícia Militar, a morte aconteceu no início da tarde desta sexta. A PM disse que o adolescente tentou fugir de uma abordagem e apontou uma pistola para os policiais, que revidaram. O adolescente levou dois tiros e morreu na hora. "Se tratava de um menor, que já tinha passagens por tráfico no mesmo local. Na data de hoje, também, além de uma pistola, foram apreendidas várias drogas em quantidades variadas, e uma grande quantidade em dinheiro que ele estava portando na mochila", disse o tenente Ziliotto, da PM-PR. No início dos protestos dos moradores, um ônibus do transporte público foi parado, apedrejado e incendiado. Não havia passageiros no veículo, apenas o motorista, que não se machucou. Pouco tempo depois, uma rua da região foi bloqueada pelos manifestantes e itens foram incendiados. Rua foi bloqueada e itens foram incendiados por moradores RPC A PM disse que os manifestantes jogaram pedras contra as equipes, que revidaram com bombas e tiros de bala borracha. A tia do adolescente morto condenou a ação da policia. "A obrigação deles, se fosse isso que tivesse acontecendo, era obrigação deles apreender e levar. Não matar o meu sobrinho bem na frente da minha irmã. Hoje é meu sobrinho, amanhã é o filho de quem?". A Polícia Militar disse que vai se manifestar após formalizar boletim de ocorrência. A Urbanização de Curitiba (Urbs) não se manifestou sobre a depredação do ônibus. Posicionamentos A Polícia Civil disse que um inquérito vai investigar o confronto no Parolin. A Defensoria Pública do Paraná (DPE-PR) afirmou que acompanha o caso no bairro com preocupação. “Casos como o ocorrido nesta sexta-feira só reforçam a importância da implementação de medidas como o uso obrigatório de câmeras corporais e nas viaturas dos agentes de segurança”, disse a nota da DPE. O Ministério Público do Paraná (MP-PR) disse que o caso será acompanhado pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). A Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Paraná (Alep) também disse que acompanha o caso. Vídeos mais assistidos do g1 PR: Veja mais notícias do estado em g1 Paraná.
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