IPTU de Curitiba: Câmara discute novo cálculo para 2023; entenda

Além do reajuste das alíquotas, projeto traz especificações para imóveis mistos, que não eram previstos anteriormente, e mudanças em relação à coleta de lixo. Câmara de Curitiba discute novo cálculo do IPTU Luiz Costa/SMCS A Câmara Municipal de Curitiba começou a discutir um projeto que prevê a correção do valor cobrado no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e da coleta de lixo na cidade em 2023. A atualização é prevista em lei e com essa revisão, segundo a administração municipal, o imposto pode ficar mais caro ou mais barato para os moradores, a depender de alguns fatores. A proposta prevê a atualização da Planta Genérica de Valores, que serve de base de cálculo do imposto. O projeto foi protocolado na sexta-feira (14) e tem 45 dias para ser votado. Com a proposta o IPTU terá um limite de até 20%, mais a variação da inflação de dezembro de 2021 a novembro de 2022. Com isso há o aumento da base de cálculo do imposto, mas a redução das alíquotas máximas. Dessa forma, segundo a prefeitura, não ocorre um aumento expressivo. Leia também: Servidores públicos são afastados suspeitos de cobrar dinheiro de contribuintes para apagar débitos de IPTU, em Pontal do Paraná Além do reajuste das alíquotas o projeto traz especificações para imóveis mistos, que não eram previstos anteriormente, e mudanças em relação à coleta de lixo, que passaria a considerar o potencial de geração de resíduos relacionado a área construída e quantidade de coleta semanal. Entenda abaixo. Normalmente o reajuste é feito no primeiro ano de cada gestão da Prefeitura, mas por conta da pandemia do coronavírus a proposta foi prorrogada para 2022. Segundo a prefeitura, Curitiba tem a mesma base de cálculo desde 2014. Câmara discute novo cálculo do IPTU Coleta de lixo O projeto prevê uma mudança em relação à coleta de lixo, que passaria a considerar o potencial de geração de resíduos, relacionado a área construída, e a quantidade de coleta semanal. Atualmente a taxa é fixa de R$ 286 para imóveis residenciais, que podem ter redução dependendo da renda familiar, e de R$ 489 para imóveis não residenciais. Com a mudança as taxas passariam a variar entre R$ 165 a R$ 363 para imóveis residenciais, e R$ 244,50 a R$ 904 para imóveis não residenciais. IPTU Curitiba Cesar Brustolin/SMCS Alíquotas Segundo a proposta, para imóveis residenciais, alíquotas que variam entre 0,20% a 1,10% passariam a variar de 0,22% a 0,80%. Em imóveis não residenciais, iriam de 0,35% a 1,80% para 0,40% a 1,35%. Em terrenos as alíquotas passariam de 1% a 3% para 0,50% a 1,65%. O projeto traz especificações para imóveis mistos, como por exemplo condomínios comerciais e residenciais. Esta categoria não era prevista anteriormente. Para estes imóveis as alíquotas podem variar de 0,24% a 0,88%. Além disso, o projeto prevê a ampliação da faixa de valor das alíquotas menores, que tem aplicação de 0,20% para construções de até R$ 38.645. Pelo plano, a faixa seria ampliada para imóveis de até R$ 160 mil. Com isso, segundo a prefeitura, cerca de 20% dos imóveis de Curitiba teriam queda no valor em relação a 2022. Outros 43% teriam variação menor que 30% e, por fim, 37% reajuste de até 30% no valor. VÍDEOS: mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias no g1 Paraná.