Interrogatórios de acusados por tentativa de mega assalto em Guarapuava são cancelados
Por Giuliano Saito
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Audiências com testemunhas estão mantidas para esta quinta-feira (2); depois, devem ser retomadas apenas em abril. Mudança acontece porque MP-PR quer ouvir delegada que está em férias. Unidade da PM em Guarapuava foi atacada durante tentativa de assalto Eduardo Andrade/RPC Os interrogatórios dos réus julgados pela participação na tentativa de mega assalto a uma empresa de transporte de valores em Guarapuava, região central do Paraná, foram suspensos depois de um pedido do Ministério Público (MP-PR). A previsão é que seis dos setes acusados falassem na sexta-feira (3), mas o MP-PR solicitou a oitiva de uma delegada de Curitiba que acompanhou as investigações. A profissional, contudo, está em férias e deve retornar apenas no mês que vem. O crime foi em abril do ano passado e deixou um policial morto. Os bandidos atacaram a sede do 16º batalhão de Polícia Militar com tiros e atearam fogo em veículos na frente do quartel. Com a delegada fora, as audiências estão mantidas nesta quinta (2), a partir das 13h, para o depoimento de testemunhas. Depois, o julgamento terá uma espécie de recesso, retornando em abril. Processo As investigações levaram à denúncia de dezenas de pessoas pelo Ministério Público e à abertura de três ações penais. O processo em questão é em decorrência de uma investigação policial que chegou a um núcleo de criminosos com atuação no Paraná, principalmente em São José dos Pinhais. Cinco dos sete réus respondem por crimes como latrocínio (pela morte do cabo Ricieri), incêndio, sequestro, dano ao patrimônio público, porte de arma de uso restrito e receptação. São eles: Danilo André Ferreira Giovani Adriano de Oliveira Guilherme Costa Ambrozio Jefferson Rocha Dambroski Robson Stuchi Ferreira Guilherme Costa Ambrozio (foragido). Já os réus Gilmar Cezar de Almeida e Juliane Aparecida dos Santos Marcondes respondem apenas por associação criminosa. Conforme denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR), eles não estavam em Guarapuava na data do crime, mas forneceram materiais para a ação do grupo. O g1 tenta contato com a defesas dos acusados. Em nota, o advogado Fernando Madureira, que defende o réu Jefferson Dambroski, afirmou esperar que os ouvidos nesta segunda esclareçam que o cliente não participou do assalto. Ele ainda citou que Jefferson deve ser responsabilizado apenas por favorecimento real. Outros dois processos ainda tramitam na Justiça. Um deles teve audiências realizadas em janeiro deste ano, quando foram interrogados Sidnei Alves Pinto e Anderson Parra Pereira. Eles foram detidos em São Paulo e negam o crime. A decisão ainda não foi proferida. O terceiro processo ainda não teve audiências realizadas. Ele teve origem em uma outra investigação que chegou a um núcleo de criminosos atuantes no interior de São Paulo. O caso A invasão a Guarapuava foi no final da noite de 17 de abril de 2022. Bandidos atacaram a sede do 16º Batalhão de Polícia Militar (BPM) com tiros e atearam fogo na em veículos na frente do quartel. Na ação, um policial foi atingido com um disparo na cabeça e morreu dias depois. O alvo dos assaltantes era uma transportadora de valores. Eles chegaram a entrar no prédio, mas segundo a polícia, não conseguiram chegar até o cofre e fugiram sem levar dinheiro. Vídeo mostra 'cordão humano' feito com reféns durante ataque à empresa em Guarapuava RELEMBRE: Policial que estava em viatura fuzilada, em Guarapuava, relata terror: ‘Eles atiram pra matar e não param’ 'Colocou a arma entre a gente e começou a atirar contra a polícia', diz jovem usado como escudo humano em Guarapuava 'Muito barulho de bala, pessoas gritando no meio da rua', diz morador de Guarapuava após ataque de assaltantes VÍDEOS: Mais assistidos do g1 PR Veja mais notícias da região em g1 Campos Gerais e Sul.
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