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Hospital do Rocio deixa de receber pacientes encaminhados pelo Siate e Samu após fim de contrato com o Governo do Paraná

Por Giuliano Saito


Unidade de Campo Largo (PR) recebe 18 pacientes por dia da região de Curitiba. Secretaria de Saúde afirma que está 'procurando uma saída'. Hospital do Rocio não receberá ambulâncias do Samu e Siate O Hospital do Rocio, em Campo Largo, Região Metropolitana de Curitiba (RMC), não vai mais receber pacientes com traumas e emergências encaminhadas por ambulâncias do Siate e Samu a partir desta quinta-feira (13). O atendimento não está sendo mais prestado desde às 12h. A medida foi tomada porque o contrato da unidade com o Governo do Paraná foi encerrado. Sem o vínculo contratual, vítimas de acidentes em rodovias da região, como a BR-277, deverão ser levadas para outras unidades de Curitiba e de cidades da região metropolitana. Em ofício, a Prefeitura de Curitiba alertou que o risco de colapso é "real" de toda a rede de emergência e urgência da região. No documento, a prefeitura diz que é "necessário aumentar atendimentos em Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) para evitar mortes por falta de assistência em nossa regional". Em 2022, o Hospital do Rocio recebeu 18 pacientes todos os dias de outros municípios, o que significa 37% dos encaminhamentos diários. A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) disse que "está procurando uma saída para essa situação". Conforme a Sesa, as alternativas seriam incluir a urgência e emergência em um novo contrato com o Hospital do Rocio ou ampliar o atendimento em outros locais. Hospital do Rocio, em Campo Largo (PR) Reprodução/RPC Segundo o presidente da Federação das Santas Casas de Misericórdia e Hospitais Beneficentes do Estado do Paraná (Femipa), Charles London, outros hospitais que vão absorver a demanda do Rocio já estão sobrecarregados. Leia também Cambista é preso ao tentar vender ingresso mais caro para partida entre Maringá FC e Flamengo Moradores da Zona Leste de Londrina reclamam de falta constante de água; 'De três anos pra cá é frequente' Apenas 6% dos quase R$ 60 milhões aplicados em multas por crimes ambientais no Paraná em 2022 foram pagos, aponta Ibama "Com certeza podemos ter um aumento na fila das ambulâncias e demora no atendimento dos traumas de urgência e emergência", afirmou. Em entrevista à RPC, o secretário estadual de Saúde, César Neves, não deu um prazo para resolver o problema, e informou que não houve diminuição de leitos no Hospital do Rocio, mas "uma alteração de fluxo". Mais assistidos do g1 PR Leia mais em g1 Paraná.