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Homem é condenado a mais de 31 anos de prisão por atentado a tiros contra acusada de tráfico de drogas em Curitiba

Por Giuliano Saito


Caso aconteceu em janeiro de 2022; câmera de segurança registrou momento em que vítimas são surpreendidas por disparos. Defesa pediu anulação do julgamento por considerar sentença 'completamente injusta e sem prova alguma'. Giovani Soares Machado, acusado de tentativa de homicídio TJ-PR Foi condenado a 31 anos e dois meses de prisão em regime fechado Geovane Soares Machado por dupla tentativa de homicídio contra Camila Marodim, acusada por tráfico de drogas e conhecida como "trafigata", e Paulo Sergio Veiga de Almeida. O júri popular ocorreu nesta quarta-feira (26), em Curitiba. Foram consideradas as qualificadoras de motivo torpe e impossibilidade de defesa das vítimas. O caso aconteceu em janeiro de 2022. Uma câmera de segurança registrou o momento em que as vítimas chegam de carro a uma casa e são surpreendidos com disparos vindos de outro veículo em direção a eles. De acordo com a denúncia do processo, Geovane cometeu o crime por "desavenças relacionadas ao tráfico de drogas". Relembre abaixo. Geovane está preso há um ano e dois meses. Ele nega o crime. O advogado de defesa do acusado, Nilton Ribeiro, pediu anulação do julgamento e criticou a sentença, que considerou "completamente injusta e sem prova alguma". Ele ainda argumentou que durante o júri ficou comprovado que outra pessoa seria responsável pelas tentativas de homicídio. Conforme documento, Geovane não pode recorrer em liberdade - o recurso foi pedido pela parte ao fim da seção. Leia também: Entenda como funcionava quadrilha liderada por acusada de tráfico de drogas que sofreu atentado a tiros, em Curitiba Acusada de tráfico de drogas que escapou de atentado em Curitiba é presa após violar monitoramento eletrônico O julgamento O júri popular durou cerca de oito horas no Centro Judiciário do Ahú, em Curitiba. No interrogatório, Geovane afirmou que só soube do caso no dia que foi preso. Ele ainda relatou que sabia quem era Paulo por ter amigos em comum e que Camila tinha uma loja no mesmo bairro onde ele morava, em Pinhais. Ele também afirmou não ter entendido o motivo da prisão e que acredita ser uma perseguição por conta do passado. Já Paulo, uma das vítimas, afirmou que não conhece o condenado e que foi atingido na barriga e no joelho, precisando passar por diferentes cirurgias. “Eu corri para a frente do carro, me abaixei, e corri para dentro da casa”, relatou. Disse ainda que, no dia, não era possível identificar quem estava ao volante do carro e que não conseguiu ver porque estava de costas. Sete são presos, e 10 kg de esmeraldas apreendidos em operação contra suspeitos de homicídios e tráfico de drogas Camila Marodim também relatou não conhecer Geovane e relembrou que descarregava compras do carro quando ouviu o primeiro tiro. a reação foi entrar no veículo. "Não vi quem foi, Eu fiquei com medo e na hora eu corri, abaixei a cabeça, e fiquei de joelhos no banco. Eu me ergui, vi que não tinha ninguém, e corri para casa", relembrou. Questionada sobre se houve pressão pela Polícia Civil para que desse o nome de um suspeito, ela afirmou que sim. “Eles queriam que eu desse o nome de alguém, que falasse, que só assim eles poderiam me ajudar, mas desde o primeiro depoimento eu falei que eu não vi ninguém”, afirmou. Relembre o caso Câmera registra atentado a tiros contra suspeita de tráfico de drogas O caso aconteceu em 31 de janeiro de 2022, no bairro Alto Boqueirão. Segundo denúncia, Geovane estava com outra pessoa no veículo quando surpreendeu Camila e Paulo com os disparos. Câmeras de segurança registraram o momento do atentado (assista acima). As vítimas foram abordadas quando voltavam do supermercado. Elas estacionaram o carro em frente a um portão de uma residência. Nas imagens, é possível ver que Camila desce e abre a porta traseira, enquanto o motorista dá uma volta por trás do veículo e começa a conversar com ela. Em segundos, os dois são surpreendidos com vários tiros vindos do outro veículo. Atingido, Paulo foi levado para atendimento em um hospital da capital. Os vídeos mais assistidos do g1 PR: Mais notícias do estado em g1 Paraná.