Golpistas usam nome de Juliane Suellem, vítima de incêndio, em falsas vaquinhas
Família de Juliane Suellem alerta que não há pedidos de doação; HU-UEL reforça que o tratamento é 100% SUS e gratuito
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Uma tentativa de golpe envolvendo o nome de Juliane Suellem Vieira dos Reis, vítima do incêndio no Edifício João Batista Cunha, em Cascavel, levou a família a fazer um alerta público à população. Criminosos estão usando a história do caso para pedir dinheiro por meio de falsas “vaquinhas” virtuais nas redes sociais.
A mãe de Juliane, Sueli Vieira dos Reis, fez sua primeira aparição pública desde o incêndio para desmentir qualquer pedido de doação. Em vídeo divulgado pelo Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina (HU-UEL), ela afirma que a família não está arrecadando recursos. “Qualquer vaquinha ou pedido de valor é golpe. O hospital é 100% SUS e o atendimento é totalmente gratuito”, disse.
Juliane está internada há cerca de 60 dias no Centro de Tratamento de Queimados (CTQ) do HU-UEL. O incêndio ocorreu na manhã de 15 de outubro, em um apartamento no 13º andar do prédio localizado na Rua Riachuelo, esquina com a Rua Antonina, no Centro de Cascavel. O caso teve repercussão nacional após Juliane salvar a mãe e o primo de quatro anos, ajudando-os a acessar o apartamento vizinho pelo 12º andar, mesmo com o local tomado pela fumaça e pelas chamas.
Sueli também foi hospitalizada no dia do incêndio, no São Lucas Hospital Center, em Cascavel, e recebeu alta em 26 de outubro, seguindo com tratamento em casa.
Em nota oficial, o HU-UEL reforçou que todas as campanhas de arrecadação em nome de Juliane são falsas. O hospital esclarece que não realiza nenhum tipo de coleta de recursos e orienta a população a não fazer doações, não compartilhar links e denunciar publicações suspeitas.
Ao todo, cinco pessoas ficaram feridas no incêndio. O caso mais grave é o de Juliane, que teve 63% do corpo queimado. Ela recebeu os primeiros atendimentos em Cascavel e foi transferida para Londrina no dia 17 de outubro, onde segue internada, com evolução gradual do quadro clínico.
Polícia Civil conclui inquérito sobre incêndio no Edifício João Batista em Cascavel
Foto: Arquivo pessoal
