Gaeco prende duas pessoas em operação que investiga desvio de cargas de soja com prejuízo de cerca de R$ 1 milhão
Por Giuliano Saito
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Foram cumpridos mandados de busca e apreensão no Paraná e um em São Paulo. Organização contratava empresas para transportar produto até porto em Santa Catarina, falsificava documento de entrega. Grupo lucrava com frete e desvio de carga, segundo Gaeco. Gaeco faz operação contra grupo suspeito de desvio de cargas e outros crimes Duas pessoas foram presas nesta quinta-feira (19) em Francisco Beltrão, no sudoeste do Paraná, em operação que investiga o desvio de cargas de soja, com prejuízo estimado em aproximadamente R$ 1 milhão, de acordo com Núcleo de Francisco Beltrão do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Conforme o promotor do Gaeco, de Francisco Beltrão, Tiago Vacari, uma organização contratava empresas para transportar o produto até porto em Santa Catarina. As cargas, no entanto, eram desviadas e o grupo falsificava documento de entrega. Ele explicou que além de lucrar com o frete da carga, eles também obtinham vantagens indevidas com o desvio de carga, segundo Gaeco. "Essa organização foi contratada por uma cooperativa de Santa Catarina, de transporte, que contratou outras quatro empresas que ficam aqui no sudoeste do Paraná e Cascavel para fazer o transporte dessas cargas de soja de uma empresa no Mato Grosso do Sul até o porto de Imbituva, em Santa Catarina". "Entretanto, essas cargas nunca chegaram no destino, no porto, inclusive essa organização apresentou documentos falsificados, como se tivesse entregado o produto no porto a fim de receber o frete. Então além de eles terem recebido frete de maneira irregular, eles fizeram o desvio da carga, totalizando um valor de R$ 1 milhão de prejuízo", explicou o promotor. A investigação apurou que as cargas que eram repassadas para um receptador, provavelmente do Paraná. Mandados de busca e apreensão Veículo apreendido em operação do Gaeco em Francisco Beltrão Reprodução RPC Foram cumpridos 14 mandados de busca e apreensão nas cidades paranaenses de Cascavel, Dois Vizinhos, Enéas Marques, Francisco Beltrão e Realeza e também em Elias Fausto, no estado de São Paulo. O grupo é suspeita de prática dos seguintes crimes: organização criminosa, falsificação de documento particular e apropriação indébita. entre os envolvidos estão empresários e motoristas de caminhões. Conforme apurado pelo Gaeco, os investigados teriam se apropriado de pelo menos nove cargas de soja. A origem delas era de diversas cidades do Mato Grosso do Sul, com destino ao porto de Imbituba, em Santa Catarina. O contrato das empresas no Paraná foi feito por um empresário já conhecido pela prática de outros crimes, segundo o Gaeco. A prisão das duas pessoas ocorreu durante o cumprimento dos mandados. A prisão foi por porte ilegal de armas e armazenamento indevido de agrotóxicos. Entre os objetos apreendidos na operação, estão aparelhos celulares, computadores e documentos, que serão periciados pelo Instituto de Criminalística e em seguida analisados pelo Gaeco. VÍDEOS: Mais assistidos g1 PR Veja mais notícias da região em g1 Oeste e Sudoeste.
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