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Funcionários afirmam que não reconheceram patrão que foi morto em tiroteio; diz DH

Delegado revela que funcionário, possivelmente sob efeito de entorpecentes, atirou contra patrão e policiais

Por Gabriel Porta Martins

Funcionários afirmam que  não reconheceram patrão que foi morto em tiroteio; diz DH Créditos: Reprodução CGN

Um tiroteio ocorrido na noite de quinta-feira (24), em uma empresa de escolta armada localizada no Bairro Universitário, em Cascavel, terminou com a morte de um dos sócios do empreendimento, identificado como Gilmar Rodrigues Chaves, de 41 anos.  O caso foi detalhado pelo delegado Fabiano Mozza em coletiva de imprensa na manhã desta sexta-feira (25). A Polícia Civil, que investiga o caso, acredita que o crime foi motivado por um surto de um dos funcionários, possivelmente sob efeito de drogas.

De acordo com o delegado Fabiano Mozza, dois vigilantes estavam na empresa no momento da confusão: um homem de 33 anos, que já trabalhava no local há algum tempo, e outro de 51 anos, que estava em seu primeiro dia de serviço.

Por volta das 19h, o funcionário mais antigo ligou para a proprietária da empresa relatando que havia uma luz acesa e sinais de que alguém poderia estar invadindo o local. A dona, que acompanhava as câmeras de segurança pelo celular, não constatou nenhuma movimentação estranha, mas pediu para o marido — que também é sócio da empresa — ir até o local verificar pessoalmente.

Ao chegar à empresa, o empresário foi recebido a tiros. O vigilante mais antigo não teria reconhecido o patrão, e acabou atirando contra ele por achar que se tratava de uma ladrão. A arma utilizada no crime pertencia à empresa. Segundo o que a policia ouviu de testemunhas, possivelmente o funcionário estaria em efeito de alguma substância ilicita.

Em seguida, quando a Polícia Militar foi acionada e cercou o local, o mesmo funcionário atirou contra os agentes, acreditando se tratar de criminosos tentando invadir a empresa. Pelo menos dois disparos foram efetuados. O outro funcionário, que estava em seu primeiro dia de trabalho, relatou que tentou se entregar, mas foi impedido pelo colega, que afirmava que a polícia era, na verdade, parte de um grupo de invasores.

O delegado Mozza afirmou que foi encontrado uma porção de cocaína no local do crime. A policia irá investigar de quem seria a droga. O delegado afirmou que o funcionário mais velho alegou que fazia uso de entorpecentes havia cinco dias. No entanto, até o momento, o exame toxicológico não foi realizado, já que o procedimento depende da autorização voluntária do suspeito.

Os dois funcionários foram presos. O mais novo, de 51 anos, foi detido por participação no crime – segundo o delegado, ele tentou se entregar durante o tiroteio, mas foi impedido pelo colega mais antigo. Já o vigilante de 33 anos foi preso por homicídio qualificado (pela morte do sócio) e tentativa de homicídio contra os policiais.

O delegado destacou que as imagens das câmeras de segurança estão sendo analisadas e serão cruciais para confirmar as versões dos envolvidos.