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Segundo delegada, Paulo Sérgio Esperançeta deve responder por tentativa de homicídio qualificado. Vítima, Caio Murilo Lopes dos Santos, teve queimaduras nos braços, tórax, abdômen e pernas. Quadro de saúde dele é estável, segundo família. Cliente incendiado em posto de combustíveis após discussão diz que perdoa frentista O frentista Paulo Sérgio Esperançeta, que era aguardado pela Polícia Civil (PC-PR) após atear fogo no cliente Caio Murilo dos Santos, não compareceu para prestar depoimento, de acordo com a polícia. O depoimento estava previsto para segunda-feira (20), na Delegacia de Homicídios de Curitiba. No fim da tarde de segunda, a delegada Magda Hofstaetter disse que aguardava "a apresentação de Paulo para dar a sua versão dos fatos". Na manhã desta terça-feira (21), o g1 questionou a Polícia Civil se Paulo foi localizado, mas a autoridade policial afirmou que, no momento, não dará mais detalhes "para não atrapalhar o andamento das investigações". Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram O crime aconteceu no sábado (18), no bairro Pilarzinho, na capital paranaense, após, segundo a vítima, ela reclamar que Paulo quebrou a chave do carro dele. Imagens de uma câmera de segurança mostram que, durante uma discussão, Paulo joga gasolina em Caio e, em seguida, ateia fogo no cliente, de 34 anos. Segundo a delegada responsável pelo caso, Magda Hofstaetter, Paulo Sérgio deve responder por tentativa de homicídio qualificado. “Não foi uma simples lesão corporal, já que a vítima se encontra internada, passou por procedimentos para tratamento das queimaduras. E também porque, o que foi apurado com as testemunhas, é que o autor não prestou socorro para a vítima, inclusive teria até agredido a vítima mesmo após atear fogo nela”, disse a delegada. Outro frentista que ajudou a apagar o incêndio foi ouvido Frentista que ateou fogo e cliente está foragido O frentista Douglas Henrique de Araújo, que ajudou a apagar o incêndio em Caio logo após o início das chamas, prestou depoimento como testemunha. O relato dele vai ajudar nas investigações. A polícia não informou quantas pessoas devem ser ouvidas sobre o caso. “Eu tentei correr para impedir que ele [Paulo] acendesse. Eu simplesmente agi, eu não pensei”. Douglas também disse que espera que Caio se recupere logo. O frentista tinha treinamento de combate a incêndios. Leia também: 'Pessoas estão perdidas': Cliente incendiado após discussão diz que perdoa frentista Busca por justiça: Grávida, esposa de motorista incendiado diz estar 'tentando manter a calma' Repercussão: Prima de cliente incendiado lamenta 'falta de empatia' para solução de discussão Caio continua em recuperação Caio Murilo teve queimaduras de primeiro, segundo e terceiro grau RPC Até esta terça-feira (21), o promotor de eventos Caio Murilo continuava em recuperação no Hospital Evangélico Mackenzie, em Curitiba. A instituição não informou quando ele deve receber alta. “Nunca me senti tão desesperado como eu me senti nessa situação [...] O que cabe a mim ainda como ser humano e uma pessoa que acredita em Deus é perdoá-lo. Eu perdoo. Quem sou eu para não perdoar [...] As pessoas não são más, elas só estão perdidas. Entendeu? Que essa alma possa encontrar luz". A briga, segundo a vítima Frentista joga gasolina e ateia fogo em cliente após discussão em posto de Curitiba Caio contou que a confusão aconteceu quando ele estava abastecendo o veículo para ir trabalhar. Ele lembra que entregou a chave inteira para o frentista, mas quando recebeu o item de volta, estava quebrado. "Nenhum momento eu xinguei, nenhum momento eu ofendi ele, nenhum momento eu destratei ele. A única forma que eu falei e que ele me respondeu foi que ele não iria arcar com nenhuma despesa e eu falei que ele iria, sim. Nessa foi o que aconteceu. Questão de segundos. Ele pegou a bomba jogou o liquido em mim e veio pra cima de mim ateando fogo", contou. Segundo Caio, ele teve queimaduras de segundo e terceiro grau nos braços, tórax e abdômen, além de queimaduras de primeiro grau nas pernas. O quadro de saúde dele é considerado estável. Camiseta da vítima ficou totalmente queimada RPC Quando as chamas começaram, a vítima lembra que agiu "por instinto", tirando a camiseta para tentar evitar que o rosto fosse queimado. Ele ressalta que só sobreviveu com a ajuda do outro frentista, que viu a confusão e apagou as chamas com um extintor. "Foi um anjo que estava ali no momento que pode me ajudar e salvar a minha vida". Depois que as chamas foram apagadas, Caio foi socorrido por testemunhas e levado para o Corpo de Bombeiros. De lá, depois do primeiro atendimento, foi encaminhado ao hospital. Ele chegou a ligar para a esposa, que está grávida, para pedir socorro. Caio Murilo e a esposa Ana Paula junto com o filho Arquivo da família O advogado do posto de combustíveis, Marcel Bento Amaral, disse, em nota, que o processo de demissão Paulo Sérgio está em curso. Afirmou, também, que logo após o caso, o posto prestou auxílio à família e às autoridades para apuração dos fatos. O caso Nas imagens da câmera de segurança é possível ver que enquanto Caio e Paulo discutem, o frentista está segurando uma bomba de combustível. Em dado momento, o funcionário dispara o líquido inflamável no homem. Poucos segundos depois, o fogo começa. A imagem não mostra como o fogo começou, mas Caio contou que o frentista utilizou um isqueiro para iniciar as chamas. Outros clientes e frentistas observavam a discussão de perto. Frentista ateou fogo em cliente após discussão em posto de combustível RPC Enquanto o homem está em chamas, outro frentista, que tem treinamento para casos de incêndio, pega um extintor próximo e consegue ajudar a vítima. Logo após as chamas apagarem, Paulo Sérgio volta a se aproximar de Caio para agredi-lo. Vídeos mais assistidos do g1 PR: Veja mais notícias do estado em g1 Paraná.
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