'Foi troca de tiros em legítima defesa', afirma mãe de bolsonarista acusado de matar tesoureiro do PT no Paraná
Por Giuliano Saito
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Dalvalice Rocha fez declaração nesta quarta (14) durante manifesto de familiares de Jorge Guaranho em frente ao Fórum de Foz do Iguaçu antes do início das audiência de instruções do caso. A mãe do acusado não estava presente no crime que foi em julho deste ano. O petista Marcelo Arruda (esq.) foi morto por Jorge Guaranho (dir.), apoiador de Bolsonaro Reprodução Nesta quarta-feira (14), a mãe do bolsonarista Jorge Guaranho, acusado de matar a tiros o tesoureiro do PT Marcelo Arruda falou sobre o crime. A declaração foi durante um manifesto de familiares do policial penal em frente ao Fórum de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, antes do início das audiências de instrução, que começaram nesta quarta-feira (14). Leia mais abaixo. Dalvanice Rocha não estava presente no dia do crime, mas afirmou que o filho - que é réu por homicídio duplamente qualificado - agiu em legítima defesa. "A imagem mostra ele chegando com arma na cintura e desceu. E quando ele olhou, ele viu uma pessoa armada e ainda baixou três vezes a mão pra pessoa, baixar a arma. Foi isso aconteceu. Não tem vídeo nenhum mostrando ele chegando atirando em ninguém, foi troca de tiros, foi em legítima defesa", afirmou Dalvanice. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Em 9 de julho Arruda foi baleado por Guaranho na própria festa de aniversário que tinha como tema o PT e o ex-presidente Lula. Ao ser atingido pelo policial, o petista revidou e baleou o bolsonarista. Arruda morreu no dia seguinte ao crime. Guaranho sobreviveu e ficou um mês internado no hospital. Depois foi preso e conduzido ao Complexo Médico de Pinhais, onde está desde o dia 13 de agosto. Veja outros detalhes do crime mais abaixo. Cronologia: assassinato de tesoureiro do PT Nestas audiências, Guaranho deve ser ouvido pela primeira vez após o crime. Desde o dia do crime, a família de Marcelo Arruda diz que o crime teve motivação política. Marcelo e Pamela horas antes do crime Arquivo pessoal Mulher de tesoureiro assassinado fala sobre caso Familiares e amigos de Marcelo Arruda também realizaram manifesto em frente ao Fórum nesta quarta (14). A mulher de Arruda, a policial civil Pâmela Silva é uma das testemunhas e antes de entrar na audiência afirmou que a família espera por justiça. Sobre a afirmação da mãe de Guaranho, Pâmela disse que a legítima defesa foi de Marcelo, que teve sua festa invadida pelo bolsonarista. "Fui intimada como testemunha [...] Esperamos de fato a justiça pela morte do Marcelo, que estava comemorando seu aniversário, onde foi brutalmente assassinado. [...] Não foi legitima defesa, ele chegou ameaçando, invadiu o local da festa, ele que sacou a arma. A legítima defesa foi do Marcelo. [...] Ele não está aqui para se defender", afirmou Pamela. Audiências de instrução As audiências que iniciaram nesta quarta (14) por volta das 14h15 e seguem até quinta-feira (15). De acordo com a programação, por ser réu, Guaranho será o último a prestar depoimento. A previsão é que isso ocorra na quinta (15), por videoconferência. Quem é Jorge Guaranho, apoiador de Bolsonaro que matou petista em Foz do Iguaçu 'Inaceitável como foi retirado de nossas vidas', diz viúva de tesoureiro do PT dois meses após crime Outras testemunhas e peritos estão sendo ouvidos presencialmente no Fórum da cidade. Conforme as partes, 10 testemunhas de acusação foram nomeadas e devem ser ouvidas. Já do lado da defesa, seis pessoas devem prestar depoimento à Justiça. Relembre o crime Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), Guaranho é foi denunciado por homicídio duplamente qualificado por matar a tiros Marcelo Arruda durante uma festa de aniversário, que tinha como o tema o PT. O crime foi em 9 de julho, e Guaranho não era convidado do evento. Ao ser baleado, o petista revidou e também atirou no policial. Registros de acesso às imagens do local onde tesoureiro do PT foi morto por bolsonarista foram deletados, diz perícia Laudo encontra terra no carro de policial bolsonarista que matou petista no Paraná Laudo mostra que policial bolsonarista atirou 3 vezes contra tesoureiro do PT, que revidou com 13 disparos O infográfico abaixo mostra a ordem dos acontecimentos no dia do crime: Entenda ordem dos acontecimentos no dia do assassinato do petista baleado em festa de aniversário, segundo a polícia Arte/g1 VÍDEOS: Mais assistidos g1 PR Veja mais notícias da região em g1 Oeste e Sudoeste.
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