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Festival de Curitiba se consolida como vitrine de novos talentos e estreia mostra de alunos do CEP

Por Giuliano Saito


Colégio Estadual do Paraná tem, desde os anos 1980, curso de formação de atores e de técnicos da área teatral. Ex-aluno hoje atua em peça da Mostra Lúcia Camargo. Espetáculo 'Agorafobia' faz parte do Fringe 2023 André Meirelles O Colégio Estadual do Paraná (CEP) estreia na 31ª edição do Festival de Curitiba uma mostra própria dentro do Fringe. São onze espetáculos produzidos por alunos dos cursos de formação artística da instituição. Desde 1980 o colégio tem tradição na formação artística e cultural de Curitiba, promovendo a inserção de novos atores e técnicos na área teatral. O Curso Técnico de Teatro do CEP, desde 2014, realiza o Festival de Teatro do Colégio Estadual do Paraná (FETECEP). Em 2023, o evento ganha nova dimensão ao entrar para o festival. André Meirelles é professor e coordenador do Curso Técnico Integrado do CEP e lembra como a instituição é um importante formador e difusor cultural da cidade. “O colégio é um celeiro de novos talentos e participar de um festival dessa magnitude é fundamental na formação dos nossos alunos. Em outros anos participávamos com espetáculos pontuais, nesta edição chegamos com um recorte mais abrangente e contundente dos trabalhos”, comemora. A programação da Mostra FETECEP traz diversos temas e formatos. As apresentações são todas gratuitas e acontecem em espaços como: Ruínas de São Francisco, Praça Santos Andrade, Auditório da UTFPR, Canal da Música e Teatro da AABB Curitiba. Veja a programação completa do Fringe. Ex-aluno na mostra principal Um dos frutos desse celeiro é o ator Rodrigo Ferrarini, "cria" do curso do CEP, onde ingressou em 1994. Rodrigo atualmente mora no Rio de Janeiro e este ano esteve no festival com o espetáculo "O Tempo e a Sala", na Mostra Lúcia Camargo. Foi no CEP que ele pisou pela primeira vez no palco. “A passagem pelo Colégio Estadual definiu a minha carreira, sou muito grato pelo curso e pelas oportunidades que surgiram a partir dele. A existência de um curso de teatro gratuito é algo extraordinário. Fico muito feliz em saber da mostra FETECEP, essa participação dos alunos é importante, abrem frestas para o futuro”, afirma. Espetáculo 'O Tempo e a Sala' Guilherme Chada Leia também: Cia dos Palhaços alcança maioridade e é atração do Fringe; 'Será uma grande festa' Peça-protesto: artistas da periferia sobem aos palcos do Festival de Curitiba; veja programação A iniciativa de levar o FETECEP para o festival partiu do próprio professor e foi bem recebida pela organização do evento. A coordenadora do Fringe, Priscila de Morais, destaca que inserir os estudantes das artes cênicas faz parte do objetivo de pensar o festival como espaço de formação. Estar na programação do festival, de acordo com Meirelles, é uma maneira de dar visibilidade aos cursos, ampliando o contato do colégio com o público e atraindo novos alunos e futuros artistas. “É fundamental que a cidade conheça o que é feito aqui. Oferecemos gratuitamente uma formação sólida e de muita qualidade. Estar no Fringe é uma forma de apontar caminhos para quem quer seguir nessa carreira", reforça o professor. Como funcionam os cursos do CEP O coordenador do Curso Técnico Integrado explica que a formação se divide em duas modalidades, ambas são chanceladas pelo Ministério da Educação e fornecem registro profissional: integrado, voltado aos alunos do Ensino Médio; subsequente, voltado aos alunos que já concluíram o Ensino Médio e que retornam para fazer as disciplinas técnicas. Outra possibilidade de formação oferecida pelo colégio é a Escolinha de Arte. São diversos cursos livres extracurriculares chamados de Modulados. Os vídeos mais assistidos do g1 PR: Mais notícias do estado em g1 Paraná.