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A decisão que determinou a transferência de Glaidson é do juiz Marcelo Rubiolli, da Vara de Execuções Penais do Rio de Janeiro. Glaidson chega ao Galeão para ser transferindo Reprodução Glaidson Acácio dos Santos, conhecido como o Faraó dos Bitcoins, foi transferido nesta quarta-feira (25) para o Presídio Federal de Catanduvas, no Paraná. Ele estava preso em Bangu I, no Complexo de Gericinó, na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A decisão que determinou a transferência de Glaidson é do juiz Marcelo Rubiolli, da Vara de Execuções Penais do Rio de Janeiro. No meio da manhã, policiais penais do Grupamento de Intervenções Táticas da Secretaria Estadual de Administração Penitenciária (Seap) chegaram ao Aeroporto Internacional Tom Jobim escoltando o preso. A previsão era que Glaidson embarcasse em um avião da Polícia Federal (PF) por volta de 10h, em direção ao interior do Paraná. Glaidson Acácio dos Santos, preso na Operação Kryptos Reprodução/TV Globo A transferência foi determinada após uma investigação do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) mostrar que Glaidson estaria chefiando a quadrilha de dentro da cadeia. O Faraó dos Bitcoins, como é conhecido por conta do esquema de pirâmide financeira que o levou à prisão, foi para a cadeia em agosto de 2021, na Operação Kryptos, da Polícia Federal, acusado de comandar um esquema financeiro que movimentou cerca de R$ 38 bilhões e lesou investidores em criptomoedas, as moedas virtuais. Segundo o MPRJ, Glaidson montou um aparato para tirar a vida de quem ousava ser seu concorrente na Região dos Lagos no mercado de criptomoedas. O Departamento Penitenciário Nacional (Depen), do Ministério da Justiça, comunicou que havia aberto vaga para Glaidson no fim do ano passado. Decisão Glaidson Acácio dos Santos durante audiência Reprodução/Internet Na decisão que determinou a transferência, o juiz Marcelo Rubiolli apontou problemas na segurança do sistema penitenciário do Rio de Janeiro. "Indiscutível que causa sobremaneira vulnerabilidade não só ao sistema carcerário como à ordem pública a presença do acusado, mormente porque boa parte dos seus sicários se encontram foragidos, entretanto, visitando-o. Além disso é comprovada a tentativa de fornecimento de aparelhos celulares ao mesmo com certeza para que continue a gerenciar a operação não só de fraude ao sistema financeiro nacional como de homicídios e opressões", destacou o magistrado. De acordo com a investigação, para eliminar os concorrentes, Glaidson se transformou em uma espécie de “tubarão do extermínio”, e montou uma organização bem estruturada, com armas, empresas de fachada, espiões e matadores profissionais. Tudo coordenado por uma espécie de setor de inteligência. O grupo criou seis empresas de fachada. Elas eram usadas para transferir dinheiro para outras empresas, que pagavam as contas da organização. Despesas como a compra de armas, pagamento de seguranças e pistoleiros e contratação de detetives para monitorar as vítimas. Uma outra alegação para a transferência de Glaidson é que ele vinha recebendo visitas de pessoas não cadastradas no sistema da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap). Um deles é suspeito de organizar homicídios para a organização criminosa.
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