RESULT

Família leva campo para cidade ao cultivar pomar no quintal de casa, em Curitiba

Por Giuliano Saito


Lauro Krinski, morador do bairro Campo Comprido, cultiva dezenas de mudas de árvores frutíferas a poucos metros do centro; conheça. Pomar na cidade A poucos minutos do centro de Curitiba, Lauro Krinski e sua família cultivam e vendem mudas de árvores frutíferas para os moradores da região. Localizado no bairro Campo Comprido, o produtor encontrou no quintal de casa uma oportunidade de negócio que seria mais facilmente encontrada em cidades do interior. O pomar, com mais de oitenta variedades, é cuidado diariamente por Lauro. A água recolhida da chuva é distribuída de regador, e cada planta recebe um adubo ou terra específicos para, depois, serem vendidas. A venda de mudas frutíferas começou há dez anos. Hoje, o estoque Lauro tem de 1100 a 1200 plantas. Tudo isso, no quintal de casa, onde ele nasceu e cresceu. “Era uma região de muitas chácaras, muitos colonos que tinham por aqui. Então a gente se criou como se fosse no interior. E desde pequeno no meio das plantas e já fui me interessando por fruta, sempre gostei. Pai trazia muitos enxertos, plantava muita fruta, e daí que surgiu o interesse”, conta. Lauro Krinski e sua família cultivam e vendem mudas de árvores frutíferas para região de Curitiba RPC Por mês, são vendidas de duzentas a trezentas mudas frutíferas, compradas de outros produtores. Até 2018, ele se dividia entre o trabalho de motoboy e o cuidado com o pomar. Quando a moto foi furtada, ele resolveu focar no trabalho em casa, que está crescendo. Entre as mudas, estão algumas bem conhecidas como de laranja, jabuticaba, manga, maçã e pêssego. Outras, são um pouco diferentes do habitual, como a laranja parreira, que cresce se apoiando em estruturas, como as uvas. Tem mudas que vieram de estados distantes, por exemplo, Pitangatuba - do Rio de Janeiro – e a falsa graviola, da Floresta Amazônica. Da mesma região, é a Guabiroba Amazônica, que até a folha é maior. E a Pitanga do Cerrado, que dá em um pé mais baixo. O Cajá-manga, mais comum nas regiões norte e nordeste do Brasil. No sul do país, por conta do frio, o fruto demora um ano para amadurecer. Lauro pensa em ampliar o negócio, mas quer continuar vendendo as mudas no mesmo terreno. E isso envolve a qualidade de vida que tem no meio da correria de uma metrópole. “Você levanta cedo, já vê as plantinhas, vai molhar, cuidar. É estar em contato com a natureza, uma coisa saudável. Descanso para a cabeça, tira o estresse”, finaliza ele. Vídeos mais assistidos do g1 PR: Veja mais notícias na página especial do Caminhos do Campo.