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Ex-delegado e ex-inspetor da Receita Estadual do Paraná acusados de receber propina para evitar fiscalização são absolvidos no TJ

Por Giuliano Saito


Caso faz parte do desdobramento da Operação Publicanos, deflagrada em 2015, contra supostos casos de corrupção envolvendo servidores da Receita Estadual em Londrina, no norte do estado. À esquerda, o ex-delegado da Receita Estadual Marcelo Melle e à direita o ex-inspetor geral de Fiscalização da Receita Estadual; ambos foram alvo da Operação Publicano em 2015 Reprodução Foram absolvidos durante julgamento Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) na quinta-feira (18) o ex-delegado da Receita Estadual, em Londrina, no norte do estado, Marcelo Mueller Melle e o ex-inspetor geral de Fiscalização da Receita Estadual, em Curitiba, Luiz Fernandes de Paula. Ambos eram réus na Operação Publicano por corrupção passiva tributária e organização criminosa. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram A operação foi deflagrada em março de 2015 pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Paraná (MP-PR). De acordo com as investigações, servidores da Receita Estadual do Paraná participavam de um esquema em que recebiam propina de empresários para não autuá-los por sonegação. Leia mais abaixo. À época, Melle e de Paula foram presos suspeitos de serem responsáveis por cargos de chefia na suposta organização criminosa e de receberem propina entre 2010 e 2011. Em nota, os advogados de defesa de ambos absolvidos declaram que "foi feita a Justiça com a absolvição dos acusados”, após oito anos do caso. O caso foi julgado pela 2° Câmara Criminal TJ-PR. Os relatores foram os desembargadores Joscelito Giovani Cé, Mario Helton Jorge e Luis Carlos Xavier. Relembre a Operação Publicano A primeira fase da Operação Publicano aconteceu em março de 2015. As investigações partiram da delegacia da Receita Estadual em Londrina. Com o avanço das apurações, suspeitas de irregularidades também entraram no alvo do Ministério Público do Paraná (MP-PR) em outras regiões do estado. Dezenas de auditores fiscais foram afastados. Em determinado momento das investigações, 10% do quatro total de funcionários ativos da Receita Estadual estavam afastados. Na esfera criminal, são dez ações penais em andamento contra mais de 400 réus. Na esfera cível, as investigações levaram à abertura de 18 ações por improbidade administrativa e duas medidas cautelares. Marcelo Mueller Melle e Luiz Fernandes de Paula foram os primeiros a serem julgados. Tudo sobre a Operação Publicanos Gaeco faz operação contra corrupção na Receita Estadual em Londrina Gaeco faz operação contra corrupção na Receita Estadual em Londrina Operação Publicano: Justiça autoriza que 44 auditores fiscais investigados voltem ao trabalho Justiça concede perdão judicial a seis réus da Operação Publicano Cinco pessoas são condenadas por improbidade administrativa na Operação Publicano Procuradoria-Geral de Justiça investiga se MP protegeu um contador na Operação Publicano Receita Estadual do Paraná - Londrina Reprodução/ RPC Leia também OPERAÇÃO: Suspeito é morto em confronto com a polícia durante operação contra organização criminosa, em Maringá FATALIDADE: Criança de dois anos morre em acidente entre carro e ônibus na PR-323; três pessoas ficaram feridas INVESTIGAÇÃO: Após nove dias internada, influencer esfaqueada no rosto por ex-companheiro em Londrina recebe alta de hospital; suspeito continua preso Mais assistidos do g1 PR Veja mais em g1 Norte e Noroeste.