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Estudantes protestam contra médico da UEL suspeito de importunação sexual contra pacientes

Por Giuliano Saito


Segundo a universidade, profissional não está mais atendendo desde o surgimento de denúncias. g1 tenta contato com a defesa dele. Protesto contra importunação sexual é realizado na UEL Um protesto foi realizado nesta segunda-feira (27) contra um médico ginecologista da Universidade Estadual de Londrina (UEL), alvo de denúncias de supostas importunações sexuais contra pacientes. A manifestação aconteceu perto do Restaurante Universitário (R.U.) da universidade e contou com a participação de vários alunos. Entenda o que é importunação sexual Segundo a UEL, o médico trabalhava na Divisão de Assistência à Saúde da Comunidade (Dasc), setor em que alunos e servidores da instituição podem agendar consultas. O g1 tenta contato com a defesa dele. Em nota, a universidade informou que o servidor não está mais atendendo no local desde o recebimento das denúncias, em 17 de fevereiro. CICLO DA VIOLÊNCIA - entenda como funciona Uma das pacientes atendidas pelo ginecologista conversou com a RPC e denunciou a suposta importunação sexual na Ouvidoria da universidade. Segundo a estudante, o profissional teria feito comentários constrangedores durante o exame. "O mais chocante pra mim foi ele mostrar, a todo momento, gesticulando, mostrando que 'o homem gosta de pegar, fazer de tal jeito'. Tudo isso gesticulando com a mão. Ele falou sobre as posições, sobre o momento que o homem gosta de ter relação. Em momento algum eu queria saber sobre essas coisas, eu fui por outro motivo". Investigação A UEL informou que "instaurou os procedimentos administrativos preliminares, encaminhados dentro do rito regimental. Somente após esta etapa, a Procuradoria Jurídica se manifestará quanto aos próximos encaminhamentos." Protesto de estudantes foi realizado na Universidade Estadual de Londrina (UEL) Reprodução/RPC O Conselho Regional de Medicina do Estado do Paraná (CRM-PR) disse que também abriu investigação contra o médico. Veja também VÍDEO: alunos da UFPR denunciam professor por rotina de assédio moral: 'Eu me senti tão impotente, humilhada, desrespeitada'; universidade investiga "O CRM-PR ressalta que, até o presente momento, não há qualquer impedimento para que o médico mencionado exerça sua atividade profissional, eis que não registra nenhuma apenação por infração ética." A Polícia Civil explicou que "até o momento, um boletim de ocorrência foi registrado", mas que não vai fornecer informações "para não atrapalhar o andamento das investigações." Mais assistidos do g1 PR Leia mais em g1 Norte e Noroeste.