Erika Hilton paga maquiadores com verba da Câmara; salários chegam a R$ 9,6 mil
Deputada do PSOL incluiu dois profissionais da beleza como assessores parlamentares em seu gabinete, com remuneração custeada por recursos públicos
Por Gazeta do Paraná

A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) está sendo alvo de críticas nas redes sociais após a revelação de que dois maquiadores que costumam atendê-la em eventos e cerimônias oficiais estão registrados como assessores parlamentares na Câmara dos Deputados. Os profissionais aparecem na folha de pagamento do gabinete com salários que somam mais de R$ 11 mil mensais.
Índy Montiel e Ronaldo Hass, conhecidos nas redes sociais por acompanharem a parlamentar em compromissos públicos, foram contratados como secretários parlamentares — cargo que, oficialmente, envolve funções como agendamento de reuniões, elaboração de projetos de lei, apoio legislativo e assessoria de comunicação.
De acordo com dados do portal da Câmara, Índy Montiel passou a integrar o gabinete em 9 de junho deste ano, com salário mensal de aproximadamente R$ 2,1 mil. Já Ronaldo Hass, contratado desde maio, recebe cerca de R$ 9,6 mil mensais. Ambos atuam diretamente com a deputada e publicam frequentemente conteúdos mostrando bastidores de eventos e a produção de Erika Hilton.
Nas últimas semanas, os dois maquiadores acompanharam Erika em uma viagem oficial a Portugal e Paris, onde a parlamentar participou da Europride, evento promovido pelo Parlamento Europeu sobre direitos da comunidade LGBTQIA+. As imagens divulgadas por eles nas redes sociais mostram bastidores da preparação da deputada em compromissos como sua condecoração pelo governo brasileiro, em maio, com o título de Grande Oficial da Ordem do Rio Branco.
Apesar das críticas, Erika Hilton ainda não se pronunciou oficialmente sobre o caso. A equipe da deputada foi procurada para comentar a contratação dos maquiadores como assessores parlamentares, mas, até o fechamento desta matéria, não houve retorno.
A situação levanta questionamentos sobre os critérios de contratação de cargos comissionados na Câmara dos Deputados, especialmente quando a atuação dos assessores parece estar relacionada a cuidados estéticos, em vez de funções legislativas.
