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Empresa suspeita de golpe de quase R$ 3 milhões contra estudantes de medicina de Maringá pode ser multada, diz Procon

Por Giuliano Saito


Formatura deveria acontecer no final de semana, mas não foi realizada. Procon tentou contato com empresa, mas não obteve sucesso. Polícia investiga cancelamento de formatura em Maringá A Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa do Consumidor (Procon) de Maringá, no norte do estado, está apurando a denúncia contra uma empresa feita por mais de 100 alunos de medicina que ficaram sem o baile de formatura. O grupo cita um prejuízo de quase R$ 3 milhões. A festa deveria acontecer no sábado (22). Os estudantes descobriram o possível golpe quando souberam que fornecedores terceirizados não tinham recebido os pagamentos. Em nota, a empresa se defendeu. Os representantes garantem que os formandos têm "um saldo devedor superior a 530 mil", o que é contestado pelos contratantes. Segundo o diretor do Procon, Flávio Mantovani, servidores conseguiram falar com um representante da empresa, que tem sede em Florianópolis (SC), por telefone, mas a conversa não avançou. Ele não descarta aplicar uma multa caso o contato não seja retomado. O Procon também recebeu vídeos feitos na frente de dois endereços da contratada, mas os locais estavam vazios. Ninguém também foi encontrado para dar explicações. Mantovani afirma que recebeu reclamações de pessoas de outras cidades que se dizem vítimas da empresa de eventos. Festa cancelada em Maringá RPC Investigação A Delegacia de Estelionatos de Maringá instaurou inquérito para apurar a denúncia. O delegado Fernando Garbelini já ouviu alguns alunos de medicina e o dono do buffet contratado pela empresa para servir as refeições para o jantar e o baile de formatura. Em depoimento, o empresário disse que o acordo foi fechado em R$ 600 mil, mas recebeu apenas R$ 120 mil. Veja também Mãe de Galvão Bueno, Mildred dos Santos morre aos 93 anos no Paraná Em 10 meses, Paraná registrou 7 vezes mais casos de injúria racial do que racismo; crimes foram equiparados Decisão Para tentar minimizar o prejuízo alegado pelos estudantes, a Justiça ordenou o bloqueio de até R$ 3 milhões de bens físicos da empresa responsável pelo evento. A decisão judicial cita ainda a apreensão de toda a estrutura montada no local que a festa seria realizada. Mais assistidos do g1 PR Leia mais em g1 Norte e Noroeste.