Empresa em que aluna da USP diz ter investido dinheiro de formatura foi alvo de operação da polícia no Paraná
Por Giuliano Saito

Alicia Dudy Muller Veiga é investigada pela Polícia Civil suspeita de ter desviado aproximadamente R$ 927 mil do fundo de formatura da turma. Ela afirmou a colegas ter investido dinheiro na Sentinel Bank. Empresa foi alvo de mandados de busca e apreensão pela Polícia Federal em julho de 2022. Alicia Dudy Müller Veiga é acusada de golpe na USP Reprodução A Sentinel Bank, empresa indicada pela estudante de medicina Alicia Dudy Muller Veiga como responsável pelo investimento do dinheiro da formatura da turma dela, foi alvo de operação da Polícia Federal (PF) em julho do ano passado. A estudante de medicina da Universidade de São Paulo (USP) tem 25 anos e é suspeita de ter desviado aproximadamente R$ 927 mil do fundo de formatura da turma, segundo a Polícia Civil. A aluna era a presidente da comissão. "Eu não tinha experiência em investir, então eu fiz o que parecia o óbvio e seguro na época, que era procurar uma investidora. Nosso dinheiro foi todo repassado pra Sentinel Bank, uma 'investidora' que no final das contas não se passava de um grande golpe e nunca mais retornou nem com o dinheiro investido, nem com os rendimentos", afirmou Alicia em uma mensagem enviada no grupo da comissão de formatura da turma. O g1 procurou a Sentinel Bank, porém, até a publicação desta reportagem, não teve resposta. A sede da empresa fica em Umuarama, no noroeste do Paraná. Em julho a PF cumpriu mandados de busca e apreensão em unidades da empresa. Segundo as investigações, o grupo prometia investimentos com lucro acima do mercado. Apesar disso, os valores entregues pelas vítimas não eram totalmente aplicados e resultavam em prejuízos. A PF contabilizou milhares de vítimas nos estados do Paraná, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro. Os investimentos mínimos feitos eram de R$ 1 mil. Entretanto, há vítimas que investiram mais de R$ 1 milhão. Receita Federal também participou da ação Carlos da Cruz/RPC A polícia informou que o grupo usava 22 empresas que não eram autorizadas pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM). Os valores eram depositados e, depois, transferidos parcialmente para contas de membros do grupo. Além disso, o esquema contava com contratos de investimento coletivo em nome de empresa de fachada, que não tinham registro na CVM e sem garantias, conforme a PF. LEIA MAIS: O que se sabe e o que falta saber sobre aluna da USP acusada de desviar quase R$ 1 milhão de formatura Com o passar do tempo, os suspeitos não conseguiram mais honrar com os lucros prometidos. A investigação aponta que o responsável pelo grupo chegou a afirmar às vítimas que iria migrar os investimentos na bolsa por um banco digital para fazer os pagamentos. As investigações começaram em 2021, quando a polícia identificou filiais das supostas empresas que faziam os investimentos na bolsa em cidades da região da fronteira, como Umuarama, Douradina e Guaíra. Os líderes do grupo ostentavam veículos de luxo, incompatíveis com a renda declarada, segundo a PF. O g1 questionou se após a operação a Sentinel Bank continuou operando, porém até a publicação desta reportagem a Polícia Federal não confirmou a informação. Na época, polícia cumpriu 17 mandados de busca e apreensão PF LEIA TAMBÉM: VÍDEO: Caminhão percorre mais de 130 km e bate sequencialmente em pelo menos 12 veículos em Curitiba VEJA IMAGENS: Comportas de vertedouro de Itaipu Binacional estão abertas com vazão superior às Cataratas do Iguaçu VÍDEOS: mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias no g1 Paraná.
Você também pode gostar
Leia mais: https://g1.globo.com/pr/norte-noroeste/noticia/2023/01/16/empresa-em-que-aluna-da-usp-diz-ter-investido-dinheiro-de-formatura-foi-alvo-de-operacao-da-policia-no-parana.ghtml