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Em discurso, presidente do TRT-PR critica pejotização em casos de subordinação

O discurso reforça a preocupação com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) no Tema 1389

Por Da Redação

Em discurso, presidente do TRT-PR critica pejotização em casos de subordinação Créditos: TRT

presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 9ª Região (TRT-PR), desembargador Célio Horst Waldraff, criticou a pejotização irrestrita durante discurso na abertura do Tribunal Pleno nesta segunda-feira (30). O desembargador ressaltou que as contratações de trabalhadores como prestadores de serviços - com emissão de notas fiscais, sem recolhimento de impostos e sem direitos sociais, como férias e 13º salário - têm acontecido inclusive em casos de atividades subordinadas, o que contraria a legislação. Leia a íntegra abaixo ou assista ao vídeo com o pronunciamento.

"A pejotização enfraquece a arrecadação previdenciária, corrói o regime de solidariedade, distorce os princípios da livre iniciativa e afeta diretamente a coesão social. Promove, na prática, a criação de um contingente de trabalhadores formalmente autônomos, mas subordinados, materialmente falando, desprovidos de proteção mínima e convertidos em mera variável do ajuste econômico", afirmou ele.

O discurso reforça a preocupação com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) no Tema 1389, que trata da legalidade da contratação de pessoas físicas como pessoas jurídicas, e defende a competência constitucional da Justiça do Trabalho para analisar casos de pejotização. "A omissão institucional não é tolerável. É nosso dever como magistrados, defensores da Constituição, permanecermos unidos, atentos e firmes na resistência, em defesa da competência material da Justiça do Trabalho, em defesa da dignidade humana".

Nos dois últimos anos, foram realizadas manifestações da sociedade civil - organizadas principalmente pela Ordem dos Advogados do Brasil, Seção Paraná (OAB-PR) e pela Associação da Advocacia Trabalhista (AATPR) - em frente aos Fóruns Trabalhistas, em defesa da competência constitucional da Justiça do Trabalho. Em maio deste ano, as cidades de Maringá, Cascavel, Apucarana, Foz do Iguaçu, Ponta Grossa, Londrina, Arapongas e Curitiba foram sede de protestos. A mobilização reuniu advogadas(os), magistradas(os), procuradoras(es), servidoras (es) e professoras(es). Clique aqui para acessar e ler o material sobre as manifestações em 2025 e neste link em 2024.

 

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