Duas de 27 escolas estaduais consultadas pelo Governo do Paraná aprovam terceirizar gestão
Por Giuliano Saito

Consulta pública sobre projeto 'Parceiro da Escola' terminou nesta sexta (9). Doze colégios rejeitaram aderir ao programa e treze não tiveram quórum suficiente. De 27 colégios estaduais selecionados, apenas dois aderem ao projeto que propõe participação da iniciativa privada na gestão de escolas do Paraná Reprodução/RPC Dos 27 colégios estaduais consultados sobre aderir a projeto do Governo do Paraná que terceiriza a gestão das escolas, dois concordaram com a proposta. De acordo com a Secretaria Estadual de Educação (Seed), doze colégios rejeitaram a medida e treze não tiveram quórum suficiente. A votação da comunidade escolar sobre o projeto "Parceiro da Escola" terminou nesta sexta-feira (9) e incluiu instituições selecionadas por terem baixo aproveitamento no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram As escolas que concordaram com a terceirização foram: Colégio Estadual Anibal Khury Neto, em Curitiba, e o Colégio Estadual Anita Canet, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC). Segundo a Seed, os resultados foram apurados por uma comissão formada por representantes da pasta, do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) e dos Núcleo Regional de Educação (NRE). Leia também: Avô tenta evitar que neto derrube árvore de Natal, leva tombo e cena viraliza na internet: 'Ganhou uma repercussão muito grande' Van com produtos de Harry Styles é roubada no Paraná Salário mínimo regional do Paraná para 2023 vai de R$ 1.804,30 a R$ 2.071,72; entenda Entenda o projeto O edital do projeto foi lançado em outubro e estabelece que a empresa escolhida gerencie a área administrativa, financeira e estrutural. A companhia privada, segundo o projeto, também deve supervisionar e apoiar a gestão pedagógica, além de fornecer e distribuir merenda aos alunos e funcionários, com supervisão de uma nutricionista. A empresa deverá ainda fornecer uniforme aos alunos, prestar serviços de limpeza, manutenção da infraestrutura, disponibilizar profissional especializado em gestão educacional e garantir internet com boa velocidade. Sala de aula, Paraná, PSS, educação, escolas, rede estadual, aulas Divulgação/Seed Críticas O projeto é criticado por profissionais da edução e especialistas na área. O Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Paraná (APP-Sindicato) afirmou em nota que "a terceirização da gestão da escola pública para agentes privados resultou na fragilização dos mecanismos de controle sobre os recursos públicos, superfaturamento e corrupção". A organização argumenta que o sistema "estimula a manipulação de resultados e a exclusão de estudantes que apresentam mais dificuldade no aprendizado". • Leia mais: Especialistas avaliam que transferir administração de algumas escolas do Paraná para iniciativa privada não vai melhorar Ideb: 'Lógica de mercado na gestão escolar pública' Entretanto, a Secretaria de Educação e do Esporte (Seed) diz não se tratar de uma privatização, mas de o estado e a empresa integrarem "uma equipe". O objetivo do projeto, segundo a secretaria, é oferecer suporte às instituições de ensino e aos profissionais da educação. A pasta afirma também que os colégios que irão participar do projeto terão autonomia pedagógica garantida. Além disso, a Seed afirmou que o modelo é usado em outros estados e no Estados Unidos e que será constantemente avaliado para verificar se os resultados propostos estão sendo alcançados. VÍDEOS: mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias no g1 Paraná.
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