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Dono e ex-internos viram réus por cárcere privado e redução a condição análoga à escravidão contra pacientes de clínica de habilitação

Por Giuliano Saito


Caso aconteceu no balneário de Pontal do Sul, litoral do Paraná. Segundo denúncia, vítimas tinham mãos e pés amarrados, eram agredidas e obrigadas a limpar necessidades fisiológicas feitas de outros pacientes. Dono e ex-internos viram réus por cárcere privado e redução a condição análoga à escravidão contra pacientes de clínica de habilitação Reprodução/RPC Três homens viraram réus por cárcere privado, tortura e redução a condição análoga à escravidão depois da Justiça aceitar nesta quarta-feira (3) denúncia do Ministério Público do Paraná (MP-PR). Eles também vão responder por associação criminosa e retenção de documentos pessoais. Os crimes foram praticados supostamente contra pacientes de uma clínica de reabilitação do balneário de Pontal do Sul, em Pontal do Paraná, no litoral do estado. Os réus são o dono do estabelecimento além de dois ex-internos, apontados como "monitores". Eles estão presos. De acordo com o MP-PR, os homens mantiveram pelo menos seis pessoas "em condições de grave sofrimento físico e moral" por mais de 15 dias - há relatos de idosos e adolescentes entre as vítimas. O caso foi registrado em abril deste ano. Leia também: Guaratuba publica edital de inscrição para 30 vagas em concurso da Guarda Municipal; veja como participar Motorista morre após caminhão carregado com soja tombar na BR-376, em Ponta Grossa; pista foi interditada Aumento nos casos de dengue intensifica distribuição de medicamentos e inseticidas no PR, afirma Beto Preto; veja como prevenir Agressões De acordo com o MP-PR, os réus agrediam as vítimas, amarravam pernas e mãos e também as submetiam a banho gelado como forma de punição por supostas desobediências como fuga do local e tentativa de denúncias à família. Além disso, os pacientes eram obrigados a realizar serviços de limpeza e higiene da clínica, inclusive de necessidades fisiológicas feitas nos quartos e corredores por outras vítimas. Conforme denúncia, documentos pessoais também eram retidos pelos homens. Investigações Segundo o Ministério Público, as investigações começaram após ex-internos relatarem a condição na unidade de tratamento ao serviço social municipal e à Guarda Municipal. O caso ainda é apurado pelas autoridades para identificação de possíveis novas vítimas e também outros agressores. VÍDEOS: Mais assistidos do g1 PR Veja mais notícias do estado em g1 Paraná.