Delator aponta que Ultrafarma sonegava até 60% das vendas

De acordo com a investigação, a rede de farmácias aparece no centro de um esquema bilionário de restituições fraudulentas de ICMS

Por Da Redação

Delator aponta que Ultrafarma sonegava até 60% das vendas Créditos: Divulgação

Um novo capítulo no escândalo de fraudes envolvendo o setor farmacêutico veio à tona com a delação de Manoel Conde Neto, ex-dono da rede Farma Conde, ao Ministério Público de São Paulo. Segundo ele, a Ultrafarma, de propriedade do empresário Sidney Oliveira, teria sonegado até 60% das vendas ao longo dos últimos anos, percentual seis vezes maior do que o praticado por sua própria empresa. As declarações foram divulgadas pelo programa Fantástico, da TV Globo, no último domingo (17).

De acordo com a investigação, a rede de farmácias aparece no centro de um esquema bilionário de restituições fraudulentas de ICMS, que também envolve servidores públicos. O auditor fiscal Artur Gomes da Silva Neto, apontado como peça-chave, usava seu cargo para acelerar pedidos e atuava ilegalmente como consultor de empresas do varejo, cobrando comissões de até 40%. Ele teria, inclusive, acesso ao certificado digital da Ultrafarma para realizar solicitações diretamente em nome da empresa.

Em junho, Sidney Oliveira assinou um acordo de não persecução penal, comprometendo-se a pagar R$ 32 milhões após admitir participação na fraude. A Ultrafarma, no entanto, afirma colaborar com as autoridades e nega irregularidades.

Além da rede de farmácias, a Fast Shop também é alvo da investigação, que já soma mais de R$ 1 bilhão em movimentações suspeitas. O caso alcançou ainda o ex-presidente do Procon-SP, Fernando Capez, contratado para defender a Ultrafarma, mas que afirma desconhecer o esquema.

*Com informações de InfoMoney

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