Crianças começam a estudar em escola municipal antes do fim de obras; diretora garante que alunos estão seguros

Secretaria de Obras alertou risco de acidentes por convivência no mesmo ambiente entre alunos e operários. Escola municipal de Londrina começa a ser usada antes do fim das obras A Escola Municipal San Izidro, na região leste de Londrina, norte do Paraná, passou a ser usada por estudantes, professores e servidores antes do fim da construção do prédio, que começou em fevereiro do ano passado. As obras chegaram a quase 90% de execução e devem ser concluídas até março. Desde 1996, a unidade dividia o mesmo prédio do Colégio Estadual Doutor Heber Soares Vargas, perto do Tiro de Guerra. A Secretaria Municipal de Obras alertou o setor de Educação sobre o risco do espaço ser utilizado antes da entrega oficial. O documento emitido na terça-feira (14) foi obtido pelo g1 e a RPC. Escola começou a ser usada por alunos e professores antes do fim da construção Reprodução/RPC No despacho, a secretaria cita que "fiscais informaram a Secretaria de Educação que a obra encontra-se inacabada", mas que mesmo assim "foi observada a mudança de mobiliário e equipamentos em 10 de fevereiro, com ocupação efetiva de professores, alunos e servidores no dia 14". De acordo com a Secretaria de Obras, "a obra foi colocada em uso com ligação provisória de energia elétrica e sem alvará do Corpo de Bombeiros". Os fiscais que estiveram na escola alertam ainda que, "por estar em execução, a construção pode gerar risco de acidentes aos usuários e servidores do local". Nesta quarta-feira (15), a RPC esteve na Escola Municipal San Izidro e constatou que falta pouco para a unidade ser entregue. Salas, banheiros, refeitório estão prontos. Alguns móveis também já foram colocados. O local contava com a presença de funcionários da empresa contratada pela prefeitura para construir o prédio. A convivência entre alunos e operários no mesmo ambiente provocou várias adaptações, como a interdição da quadra de esportes. Por conta das obras, quadra de esportes da escola não está sendo usada em Londrina (PR) Reprodução/RPC A diretora da escola, Rosiane da Silva Mendes, disse que esta foi a maneira encontrada para atender os estudantes. Apesar da obra em andamento, ela garante que as crianças estão em um local seguro. "Conseguimos fazer um ajuste para que nós e eles (operários) estivéssmos no mesmo espaço, cada um com a sua atividade. Colocamos telas de proteção, disponibilizamos banheiros que não serão reformados para as crianças. Os professores observam bem na hora de deslocar os alunos de um canto para outro da escola". Veja também COHAB abre inscrição para processo seletivo para 13 vagas em Londrina; veja como fazer Férias curtas para reformas Segundo a secretária de Educação de Londrina, Maria Tereza Paschoal de Moraes, as férias escolares, que duraram pouco mais de um mês, não são suficientes para terminar as reformas antes do início das aulas. "Essas obras acontecem nas escolas o ano inteiro. Temos atualmente cerca de 20 unidades com pedreiro, pintor, encanador e outros profissionais. As férias são curtas para que a gente dê conta de tudo". Mais assistidos do g1 PR Leia mais em g1 Norte e Noroeste.