Com custo superior a R$ 1 milhão e sem nunca ser usado, prédio para nova sede da Câmara de Piraí do Sul precisa de reformas
Por Giuliano Saito

Estrutura coleciona depredações e vandalismo; segundo construtora, obra foi entregue em 2017. Legislativo afirma que recebimento não foi feito por serviços inacabados. Obra milionária está sem uso em Piraí do Sul Com custo de R$ 1,4 milhão e sem nunca ter sido usado, o prédio construído para abrigar a nova sede da Câmara de Vereadores de Piraí do Sul, nos Campos Gerais do Paraná, já precisa de reformas e reparos. O local é constante alvo de furtos e vandalismo, e coleciona depredações. A decisão pelo novo local aconteceu em 2014, quando a Casa contratou por meio de licitação a empreiteira Cosechen. A estrutura tem mais de mil metros quadrados e tinha previsão de ser entregue em 2016. De acordo com a empresa, a entrega aconteceu com um ano de atraso, em 2017. Com custo superior a R$ 1 milhão e sem nunca ser usado, prédio de nova sede da Câmara de Piraí do Sul precisa de reformas Reprodução/RPC Até hoje, contudo, a mudança nunca aconteceu. À RPC, a empresa reforçou a conclusão dos trabalhos há seis anos, que há termo de recebimento por parte da Câmara e que após a entrega o Legislativo contratou empresa de segurança para o local. Com custo superior a R$ 1 milhão e sem nunca ser usado, prédio de nova sede da Câmara de Piraí do Sul precisa de reformas Reprodução/RPC Com custo superior a R$ 1 milhão e sem nunca ser usado, prédio de nova sede da Câmara de Piraí do Sul precisa de reformas Reprodução/RPC Briga na Justiça Naquele mês, a empresa protocolou o documento de entrega da obra, mas, segundo o departamento jurídico da Câmara, ela não estava concluída. "De fato, a construtora ela tentou fazer a entrega da obra, mas tentou às avessas. E por conta disso nós entendemos, obviamente como a engenharia que acompanhava o processo não tinha feito a vistoria final, que nós não podíamos receber pela forma que eles tentaram entregar. E a Justiça entendeu que de fato não foi entregue a obra", explicou Julio Cezar Dalcol, assessor jurídico da presidência. Com custo superior a R$ 1 milhão e sem nunca ser usado, prédio de nova sede da Câmara de Piraí do Sul precisa de reformas Reprodução/RPC Após um pedido da Justiça, um laudo pericial foi feito e apontou itens que precisavam ser corrigidos pela empreiteira. Pelo atraso, a empresa também foi multada em R$ 150 mil. Entre eles estão extintores, tomada sem acabamento e problemas no forro. Além disso, de acordo com Dalcol, também foram identificados problemas de infiltração. Atualmente, dois processos correm separadamente na Justiça sobre o prédio. Um deles foi movido pela própria empreiteira que pede o recebimento de valores adicionais da obra. Já a Prefeitura de Piraí do Sul cobra o valor da multa e também as adequações por parte da Cosechen que estão pendentes desde 2017. Quando estiver apto para uso, o local deve ser utilizado pela prefeitura para fins culturais. Com custo superior a R$ 1 milhão e sem nunca ser usado, prédio de nova sede da Câmara de Piraí do Sul precisa de reformas Reprodução/RPC Com custo superior a R$ 1 milhão e sem nunca ser usado, prédio de nova sede da Câmara de Piraí do Sul precisa de reformas Reprodução/RPC Unidade atual Atualmente, a Câmara de Vereadores de Piraí do Sul se encontra em um imóvel sem acessibilidade e até mesmo sem gabinete individual. Para a presidente da Casa, Mariana Zadra Ferreira, o espaço não é adequado para as 16 pessoas que ali trabalham. "Não temos sala própria hoje. A câmara não disponibiliza nem sala de reuniões nem sala própria pra presidência. Esse espaço que a gente se encontra não seria adequado até por falta de privacidade pra atender a população", afirmou. Por conta disso, os atendimentos são feitos em salas de funcionários ou até mesmo no plenário. Para Laércio Gomes de Souza, morador da cidade e que trabalha com frete, fica a frustração do dinheiro público parado e deteriorado sem retorno à população. "A gente vê tudo destruído, que é uma coisa o dinheiro da gente aplicado tudo aí. Imposto da gente que podia estar funcionando", disse. Laércio Gomes de Souza Reprodução/RPC Leia também: Inquérito: Polícia investiga disputa de racha como causa de acidente que matou 1 pessoa em Ponta Grossa; câmera registrou batida Meio ambiente: Operação contra desmatamento ilegal de Mata Atlântica no Paraná rende mais de R$ 5 milhões em multas, diz Ibama Concessão: Comissão especial formada por deputados paranaenses faz primeira reunião em Brasília para debater novo modelo de pedágio VÍDEOS: Mais assistidos do g1 PR Veja mais notícias da região em g1 Campos Gerais e Sul.
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