Ponto 14

Com 64.868 votos, Beto Richa (PSDB) é eleito deputado federal pelo Paraná

Por Giuliano Saito


Richa foi governador do Paraná entre 2010 e 2018, quando deixou o cargo para concorrer ao Senado e não se elegeu; ele assume vaga de Jocelito Canto, que teve a candidatura indeferida sub judice. Candidato ao Senado Beto Richa votou em um colégio no bairro Jardim Social, em Curitiba Giuliano Gomes/PR Press O ex-governador Beto Richa (PSDB) teve 64.868 votos nas eleições de domingo (2). De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ele foi eleito deputado federal pelo Paraná. [Correção: O g1 errou ao informar que Beto Richa havia ficado de fora da Câmara Federal. Richa, conforme o TSE, foi eleito por média, ou seja, em um cálculo feito quando não são ocupadas todas as vagas disponíveis pelo quociente partidário. Beto Richa só não assume a vaga se Jocelito Canto conseguir reverter o indeferimento da candidatura na Justiça Eleitoral. A informação foi corrigida às 11h50 desta segunda-feira (3).] O partido elegeu um deputado federal nestas eleições, vaga assumida por Richa porque o candidato Jocelito Canto, que recebeu 74.348 votos, teve a candidatura indeferida sub judice. Nesta segunda-feria (3), o Tribunal Regional Eleitoral (TRE-PR) informou que o recurso de Jocelito está no TSE para análise. Beto Richa assumiu a vaga, portanto, eleito por média - quando nem todas as cadeiras são preenchidas pelo cálculo do quociente e, então, é feito um novo cálculo para definir os eleitos. O Paraná tem 30 deputados federais. Neste pleito, a bancada paranaense teve renovação de 36,7%. Deputados federais eleitos no PR; veja lista Carol Dartora (PT) é eleita a primeira deputada federal negra do Paraná: 'Resposta histórica Mais votado no Paraná, Deltan Dallagnol é eleito deputado federal Richa retornou a disputa política após quatro anos. Em 2018, ele concorreu para o cargo de senador, mas terminou em sexto lugar, com 377.872 votos válidos. Com carreira na política, Beto Richa foi eleito duas vezes como deputado estadual (1994 e 1998), também foi vice-prefeito (2000), em 2004 e 2008 foi eleito prefeito de Curitiba e ainda chegou ao governo do Paraná duas vezes (2010 e 2014). Preso durante campanha Envolvido em escândalos, Richa foi preso em 2018 durante a campanha para o senado na Operação Rádio Patrulha, do Gaeco - o Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Paraná (MP-PR). Veja sobre as operações mais abaixo. Ex-governador Beto Richa é preso pela 2ª vez no Paraná Depois, o ex-governador foi alvo de mais três operações (Integração, Quadro Negro e Piloto), e se tornou réu oito vezes. Ele foi suspeito pelos crimes de corrupção passiva, fraude à licitação, organização criminosa, prorrogação indevida de contrato de licitação, obstrução da justiça e lavagem de dinheiro. Além disso, Beto Richa ainda teve bens bloqueado outras seis vezes e passou 30 dias preso no total. O ex-governador sempre negou envolvimento em qualquer caso de corrupção ou irregularidade na gestão. Entendas as operações Operação Rádio Patrulha - investiga um esquema de propina para desvio de dinheiro por meio de licitações no programa "Patrulha do Campo", para recuperação de estradas rurais do estado. Operação Quadro Negro - investiga desvio de pelo menos R$ 20 milhões que deveriam ter sido usados na construção e reformas de escolas públicas no Paraná. Operação Integração - investigação mira os crimes de corrupção, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, estelionato e peculato em um esquema relacionado à administração das rodovias federais no Paraná que fazem parte do chamado Anel da Integração. Operação Piloto - apura um esquema de corrupção e lavagem de dinheiro envolvendo a Parceria Público Privada (PPP) para exploração e duplicação da PR-323, entre Maringá, no norte do Paraná, e Francisco Alves, no noroeste. Em fevereiro, o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que o processo da Operação Piloto fosse encaminhado para a Justiça Eleitoral do Paraná. A defesa do ex-governador Beto Richa afirmou que a decisão do ministro Gilmar Mendes foi correta. Os vídeos mais assistidos do g1 PR: Leia mais notícias em g1 Paraná.