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Colégio de Cambé constrói jardim de flores no local em que casal de alunos foi baleado

Por Giuliano Saito


No espaço estava uma mesa de tênis de mesa, onde Luan Augusto e Karoline Verri foram atingidos por assassino. Três homens estão presos por suspeita de participação no crime. Canteiro em homenagem a alunos mortos tem begônias, ixora e manacá da serra Reprodução O local em que a aluna Karoline Verri e o aluno Luan Augusto estavam quando foram baleados dentro do Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, recebeu um jardim de flores em memória a eles. O assassino dos estudante foi preso e morreu na cadeia. Antes, o local tinha uma mesa de tênis de mesa de concreto. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Karoline foi atingida na cabeça e morreu dentro do colégio. Luan também foi atingido na cabeça, recebeu socorro médico, mas morreu no hospital. As vítimas tinham 17 e 16 anos, respectivamente, e namoravam há cerca de um ano. Segundo a Secretaria de Estado de Educação (Seed), o canteiro tem flores de begônias e ixora. Uma árvore manacá-da-serra também foi plantada ao centro do canteiro. Depois do ataque, a escola passou por reformas para voltar a receber os estudantes. Entre as mudanças, a pintura do colégio foi alterada. Aulas retomadas com policiamento As aulas no colégio foram retomadas nesta segunda-feira (26), uma semana após o ataque. Para a retomada, há reforço de segurança na frente do colégio, com a presença de policiais militares. Seguranças terceirizados também foram contratados pela instituição. De acordo com o diretor Paulo Dante, as equipes ficarão na parte externa do colégio monitorando a entrada dos alunos. Colégio Helena Kolody Kathulin Tanan/RPC Retorno sem atendimento presencial externo Ainda de acordo com o diretor, nos primeiros dias de aulas após o ataque, não haverá atendimento presencial ao público externo – todas as demandas serão concentradas em atendimento telefônico e e-mail. O diretor não informou prazo para a retomada do atendimento presencial à comunidade. Ainda de acordo com Paulo Dante, os primeiros dias de retorno serão focados em prestar suporte psicológico aos alunos. A entrada dos estudantes está sendo concentrada em um único portão. "Nós estaremos monitorando o retorno. Para que nós saibamos identificar a necessidade de cada estudante frente a esse acompanhamento psicológico." Relembre: Reação: Deputados detectores de metais em colégios, mas especialistas discordam de medida Comoção: Avô de jovem pede abraço a repórter em entrevista ao vivo Coragem: 'Senti que tinha que fazer alguma coisa', diz homem que conteve assassino Entenda: O que se sabe sobre o caso Nesta segunda também estão sendo retomadas na cidade as aulas das escolas municipais. No restante da rede estadual, as aulas voltaram na quinta-feira (22), com baixa adesão. Um dia após o crime, o secretário de Segurança Pública do Paraná, Hudson Teixeira, disse que a Polícia Militar (PM-PR) reforçará a segurança de colégios estaduais de todo o estado com novos policiais militares, que estão se formando. São aproximadamente três mil agentes. Vítimas Karoline Verri Alves e Luan Augusto Arquivo pessoal O casal de namorados Karoline Verri Alves, 17 anos, e Luan Augusto, de 16 anos, morreram baleados. Karoline foi atingida na cabeça e morreu dentro da escola. Luan também foi atingido na cabeça, chegou a ser socorrido, mas não resistiu. No enterro dos dois, uma multidão acompanhou as últimas homenagens, marcadas por forte comoção. Em depoimento no mesmo dia da prisão, o criminoso disse que não conhecia Karoline ou Luan. Cortejo de jovem baleado em colégio, no Paraná Reprodução/RPC Karoline e Luan namoravam há cerca de um ano. Os dois frequentavam a mesma igreja, onde eram envolvidos nas atividades religiosas. O pai do estudante disse que o sonho do filho era ser perito criminal. A família disse que até tentou inscrever o adolescente em um curso na área. Dilson Antonio Alves, pai de Karoline, detalhou o que a filha representava para ele e os familiares. A mãe dela pediu os alunos tenham coragem de voltar as aulas. Assassino encontrado morto Na noite de terça-feira (20), o assassino, de 21 anos, foi encontrado morto na Casa de Custódia de Londrina, onde estava detido. A causa da morte não foi divulgada. Segundo a Secretaria de Segurança Pública (Sesp), o detendo dividia a cela com outro suspeito. A Polícia Civil disse que investiga a morte. Três suspeitos presos No dia do crime, após a prisão do criminoso, um outro homem de 21 anos foi preso por suspeita de participação. No mesmo dia, um adolescente de 13 anos foi conduzido até a delegacia, ouvido e liberado. Na quarta (21), mais um suspeito foi preso, este com 18 anos de idade. A prisão aconteceu em Gravatá, em Pernambuco, e o mandado de prisão foi expedido a pedido de autoridades do Paraná. Na sexta (23), outro homem, de 35 anos, foi preso suspeito de envolvimento no crime. Ele foi detido em Rolândia. A Polícia Civil não detalhou o grau de possível participação dos suspeitos no crime. O delegado-chefe da 10ª Subdivisão Policial de Londrina, Amarantino Ribeiro, que conduz as investigações, informou que outros suspeitos podem ser identificados. Segundo a Polícia Civil, não há prazo para a conclusão do inquérito. O caso Aluna morreu dentro de colégio após ex-aluno entrar na instituição e fazer disparos de arma de fogo Kathulin Tanan/ RPC O assassino entrou na escola na manhã de segunda-feira (19) dizendo que solicitaria documentos. Ele era ex-aluno da instituição. Dentro do local, ele fez pelo menos 16 disparos. Segundo o secretário de segurança púbica Hudson Teixeira, o rapaz deu tiros no corredor do colégio e foi até o local em que as vítimas participavam de uma aula de Educação Física. A Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp) informou que com o criminoso foi apreendida uma arma, um caderno com anotações sobre ataques em escolas, incluindo o ataque em Suzano, em São Paulo, além de uma machadinha e carregadores de revólver. Mais assistidos do g1 PR Leia mais em g1 Norte e Noroeste.