Chuvas deixam 798 mortos no Paquistão e elevam alerta para novas enchentes
Autoridades preveem mais temporais e risco de rompimento de barragem natural em região montanhosa
Por Gazeta do Paraná

As chuvas de monções no noroeste do Paquistão causaram mais dez mortes nas últimas horas, elevando o número de vítimas para 798 desde o início da temporada. O maior impacto foi registrado na região montanhosa de Khyber Pakhtunkhwa, onde 408 pessoas perderam a vida, embora todas as províncias tenham sido afetadas.
O Departamento Meteorológico do Paquistão (PMD) emitiu novos alertas de temporais intensos para este domingo (25), com risco de deslizamentos de terra em várias partes do país. A Divisão de Previsão de Inundações (FFD) também advertiu para a possibilidade de os rios Chenab e Indo atingirem níveis críticos nas próximas 24 horas, além de manter o alerta para o Rio Sutlej, que segue em condição de inundação elevada devido ao risco de vazamentos de reservatórios indianos.
Na região de Gilgit-Baltistan, um deslizamento de terra ocorrido na sexta-feira (22) bloqueou o curso do Rio Ghizer, criando um lago de sete quilômetros de extensão. A Autoridade Nacional de Gestão de Desastres (NDMA) informou que a formação da represa natural representa risco de rompimento, o que poderia desencadear inundações catastróficas. Até o momento, não há registro de danos na área atingida.
As autoridades estimam que as fortes chuvas persistam até 10 de setembro. Considerado um dos países mais vulneráveis a eventos climáticos extremos, o Paquistão ainda enfrenta os efeitos da tragédia de 2022, quando enchentes provocadas por monções deixaram mais de 1.700 mortos em todo o território.
