Chuva de meteoros poderá ser vista em várias regiões do Paraná nesta terça-feira
Fenômeno das Orionídeas, formado por fragmentos do cometa Halley, promete espetáculo no céu; Norte, Oeste e Sudoeste do estado terão melhor visibilidade
Por Da Redação
Créditos: Jonathan Campos/AEN
Uma das principais chuvas de meteoros do ano, as Orionídeas, poderá ser observada em diversas regiões do Paraná entre a noite desta terça-feira (21) e a madrugada de quarta (22). O fenômeno, originado a partir de fragmentos deixados pelo cometa Halley, deve proporcionar um espetáculo a olho nu, especialmente nas áreas onde o céu estiver mais limpo.
De acordo com o Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná), as regiões Norte, Oeste, Sudoeste, Centro-Norte e Centro-Oeste terão condições favoráveis para observar a chuva de meteoros. Nessas localidades, o céu deve permanecer com pouca ou nenhuma nebulosidade durante o período de maior atividade.
Já nas regiões Leste, Centro-Sul e nos Campos Gerais, a visualização pode ser prejudicada pela presença de nuvens. “Essas áreas estarão sob influência de um sistema de alta pressão no oceano, que transporta umidade em direção ao continente, mantendo o tempo mais nublado”, explica Reinaldo Kneib, meteorologista do Simepar.
O fenômeno poderá ser visto a partir das 23h30, quando o radiante — ponto de onde os meteoros parecem surgir — estará acima do horizonte. “Ela estará visível acima do horizonte por volta das 23h30 desta terça-feira, e teremos radiantes de meteoros que poderão ser vistos do leste possivelmente a cada dois minutos”, explica o professor Amauri José da Luz Pereira, coordenador do Observatório Astronômico e Planetário do Colégio Estadual do Paraná.
Segundo o professor, a chuva ocorre porque a Terra cruza a órbita do cometa Halley, que passou pela última vez em 1986. “São vestígios do cometa Halley que promovem anualmente essas chuvas de meteoros, pois são pequenos fragmentos que entram na atmosfera terrestre”, detalha.
Amauri acrescenta que, além das Orionídeas, outro fenômeno celeste chama atenção neste mês. “Coincidentemente, temos também o cometa C/2025 A6 Lemmon, que promete ser o mais luminoso do ano. Ele está visível na constelação da Águia, ao Norte, e pode ser observado com binóculos, telescópios ou até mesmo com uma boa câmera fotográfica ou celular”, afirma.
Para observar a chuva de meteoros, especialistas recomendam procurar locais escuros e afastados da iluminação urbana, além de permitir que os olhos se adaptem à escuridão por alguns minutos. O uso de equipamentos ópticos não é necessário — o fenômeno pode ser apreciado a olho nu.
A chuva das Orionídeas é considerada uma das mais intensas do calendário astronômico. Seu nome vem da constelação de Órion, ponto do céu de onde os meteoros parecem surgir. O fenômeno ocorre todos os anos entre outubro e novembro, com o pico de atividade previsto para esta terça e quarta-feira.
