A China colocou em operação o primeiro porto inteligente do mundo que funciona sem intervenção humana e utiliza exclusivamente energia renovável. Localizado em Tianjin, no litoral norte do país, o terminal é considerado um marco na automação industrial global e um passo decisivo rumo à descarbonização do transporte marítimo.

O porto combina guindastes automatizados para o carregamento e descarregamento de contêineres com veículos autônomos guiados pelo sistema de navegação chinês Beidou. Toda a operação é movida por eletricidade limpa, eliminando emissões diretas de carbono e reduzindo significativamente os custos logísticos.

De acordo com dados divulgados pelo jornal britânico The Telegraph, a China já é responsável por cerca de 80% da produção mundial de robôs industriais e lidera o ranking global de densidade de robôs por trabalhador — superando países como Estados Unidos, Alemanha e Japão.

Especialistas afirmam que o avanço tecnológico chinês em automação e inteligência artificial representa um desafio estratégico para as economias ocidentais. A velocidade da transformação coloca em risco a autonomia industrial de outras nações, que podem se tornar dependentes não apenas dos produtos fabricados na China, mas também do modelo de produção desenvolvido no país asiático.

O porto de Tianjin é considerado um protótipo da chamada “fábrica do futuro”, conceito que integra sustentabilidade, eficiência e tecnologia de ponta. O modelo aposta em operações totalmente automatizadas e neutras em carbono, reforçando a posição da China como líder global na transição para uma economia industrial inteligente e verde.

 

*Com informação de Jornal Opção.