'Cenas mais impactantes que vi em 22 anos de profissão', diz paranaense que trabalhou em missão humanitária na Terra Indígena Yanomami
Por Giuliano Saito
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Adriano Piza está inscrito em lista de voluntários e fez parte de equipe com mais 40 profissionais que foram convocados. Morador de Rolândia integra missão em terra indígena Yanomami O enfermeiro Adriano Piza, de Rolândia, no norte do Paraná, integrou por duas semanas uma força-tarefa com outros profissionais de saúde para ajudar os moradores da Terra Indígena Yanomami, em Roraima, região norte do Brasil. Os indígenas sofrem com desnutrição e doenças provocadas pela presença de garimpeiros. Adriano é servidor público e trabalha como socorrista no Samu de Rolândia e Arapongas. Ele já retornou para casa. A convocação para trabalhar voluntariamente com os Yanomami veio por meio da Força Nacional do Sistema Único de Saúde (SUS), onde tem cadastro desde 2011. Sempre que há necessidade, os profissionais inscritos são convocadas para auxiliar em missões humanitárias. A Força Nacional do SUS tem aproximadamente 40 mil inscritos. Desses, 40 pessoas foram convocadas. Adriano foi o único paranaense. O enfermeiro conta o que mais o surpreendeu durante o trabalho. "Tenho 22 anos na enfermagem, mas essa missão foi a mais impactante que já vivi. Todos foram afetados, desde crianças de seis meses até os idosos. Vi gente com pneumonia, malária, desnutrida, praticamente só pele e osso". Adriano Piza é socorrista e trabalha no Samu de Rolândia e Arapongas Reprodução/Arquivo pessoal Adriano pôde sobrevoar a área indígena e ver o estrago causado pelo garimpo. "Você consegue ver a força destruidora da ação humana. Não tem mais água, só lama. Com tudo isso, os indígenas foram muito prejudicados. Não tem como eles se alimentarem". Leia também Homem é preso por manter mulher em cárcere privado após vítima fazer denúncia por mensagem a policial, diz PM: 'Se ele desconfiar, me mata' Emergência A declaração do estado de emergência de saúde pública na Terra Indígena Yanomami completou um mês na segunda-feira (20). Segundo o Ministério da Saúde, mais de cinco mil atendimentos foram prestados aos indígenas neste período. Conforme a pasta, o quadro de desnutrição de 78% das crianças atendidas mudou de grave para moderado. Mais assistidos do g1 PR Leia mais em g1 Norte e Noroeste.
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