Católicos surpreendem em nova pesquisa sobre Lula. Se até eles desistiram, o que resta?

Levantamento da Genial/Quaest mostra queda na popularidade do presidente também entre evangélicos e em meio ao escândalo do INSS

Por Gazeta do Paraná

Católicos surpreendem em nova pesquisa sobre Lula. Se até eles desistiram, o que resta?

A aprovação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) registrou queda significativa entre os católicos, grupo que historicamente demonstrava maior apoio ao petista. Segundo a nova rodada da pesquisa Genial/Quaest, divulgada nesta quarta-feira (4/6), 53% dos católicos agora desaprovam o governo Lula, enquanto 45% aprovam — o pior desempenho entre esse segmento religioso desde o início do mandato.

Na última edição da pesquisa, realizada em março, havia um empate entre aprovação e desaprovação, com 49% em cada campo. A queda reflete um cenário mais amplo de desgaste da imagem do presidente, especialmente diante de escândalos recentes envolvendo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Entre os evangélicos, a situação também é desfavorável: 66% desaprovam o governo, e apenas 30% aprovam.

Avaliação geral do governo
De maneira geral, o levantamento mostra que 57% dos brasileiros desaprovam o governo federal, enquanto apenas 40% aprovam a gestão. A avaliação negativa subiu de forma consistente desde dezembro de 2024. Atualmente, 43% classificam o governo como “ruim ou péssimo”, 28% como “regular” e apenas 26% o avaliam de forma positiva.

O número de brasileiros que acreditam que o país está na “direção errada” também aumentou, passando de 50% em janeiro para 61% em maio.

Impacto do escândalo no INSS
Outro fator que contribui para a piora nos índices é a repercussão do escândalo de fraudes no INSS. A pesquisa mostra que 82% dos entrevistados disseram ter conhecimento do caso, revelado em reportagens do portal Metrópoles. Entre os informados, 31% consideram o governo Lula responsável pelos desvios de recursos descontados das aposentadorias e pensões.

O caso levou à demissão do então presidente do INSS e do ministro da Previdência, Carlos Lupi, após a deflagração da Operação Sem Desconto pela Polícia Federal, com base em reportagens que indicavam um crescimento alarmante na arrecadação de entidades por meio de descontos irregulares.

A pesquisa Genial/Quaest entrevistou 2.045 pessoas com 16 anos ou mais. A margem de erro é de dois pontos percentuais.

Com informações do Metrópoles.