Cataratas do Iguaçu: entenda como é feita medição da vazão de água; fluxo ultrapassou 16 milhões de litros por segundo nesta quinta (13)
Por Giuliano Saito

Vazão considerada normal é de 1,5 milhão de litros por segundo. Menor vazão foi em maio de 1978, com 114 mil litros de água por segundo. Copel é responsável por monitoramento hidrológico. Fluxo das Cataratas ultrapassou 16 milhões de litros por segundo nesta quinta (13) O fluxo de água das Cataratas do Iguaçu, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, ultrapassou 16,5 milhões de litros por segundo nesta quinta-feira (13). É a segunda maior vazão de água registrada desde 1997, quando a Companhia Paranaense de Energia (Copel) começou as medições. A taxa foi registrada às 6h da manhã desta quinta. O maior volume foi registrado em 2014: mais de 47 milhões de litros por segundo. A vazão considerada normal é de 1,5 milhão de litros por segundo. Veja vídeo acima. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Conforme a engenheira de Recursos Hídricos Cassia Silmara Aver Paranhos, da Copel, os valores de vazão são estimados de acordo com monitores instalados ao longo do leito do Rio Iguaçu, que nasce em Curitiba e segue no sentido leste/oeste do Paraná. Veja foto abaixo. Equipamento usado para medição de vazão de água nas Cataratas/ parte fica acima do nível de água e outra submersa Copel/Divulgação Ela explicou que, para a medição nas Cataratas, há um sensor instalado próximo às quedas que monitora a vazão 24 horas por dia e está disponível para a população na internet. “Em cada um desses pontos de monitoramento a Copel tem uma estação automática, e ela tem um sensor que fornece o nível do rio em cada um desses pontos", explicou Cassia. Vazão de água das Cataratas do Iguaçu bate novo recorde e passarelas são interditadas A partir dos dados obtidos, a engenheira explicou que é usada a chamada "curva de descarga". O termo se refere a medições de vazões feitas anteriormente. A partir dos dados obtidos no momento, é possível estimar a vazão através de cálculos comparativos. “Eles captam o nível da água em cada um desses pontos de monitoramento que ficam, um na margem do rio e um que fica submerso. A partir da coluna de água que está acima dele [parte do equipamento submerso], ele consegue me fornecer o nível do rio", explicou a engenheira. VEJA TAMBÉM: PATO BRANCO: Corpo de menina desaparecida com irmão após carro ser arrastado por enxurrada é encontrado DEFESA CIVIL: Mais de 4,4 mil pessoas foram diretamente atingidas por fortes chuvas no oeste e sudoeste do Paraná VÍDEO: Homem que saiu de casa só com roupa do corpo após enchente ganha jaqueta de desconhecido durante reportagem Equipamentos estão instalados em diversos pontos do Rio Iguaçu Copel/Divulgação A "coluna de água" citada por Cassia é parte que fica acima do sensor que fica submerso. Os equipamentos medem a pressão exercida pela água nos equipamentos, por meio do "peso" da água. “Esse peso é convertido em centímetros ou metros, e temos uma referência para transformar em vazão”, explicou a engenheira. Conforme a Copel, o pior período de seca nas quedas d'água ocorreu em maio de 1978. À época, a vazão foi de 114 mil litros de água por segundo. As medições de vazão são feitas desde 1949, mas neste período a vazão era medida por outros órgãos, segundo a companhia. Conforme a Copel, o grande volume de chuvas no decorrer da bacia do Rio Iguaçu é um dos fatores que ajudam a entender o grande fluxo, especialmente as chuvas nas regiões oeste e sudoeste do estado registradas desde a segunda-feira (10). Além disso, a Copel afirmou que os reservatórios das seis usinas hidrelétricas instaladas ao longo do Rio Iguaçu estão com o armazenamento de água próximo da capacidade máxima. Chuvas no oeste e sudoeste do Paraná Conforme a Defesa Civil, 24 cidades do oeste e sudoeste do Paraná foram afetas por temporais, enxurradas e alagamentos. Equipes da Defesa Civil e dos Bombeiros trabalharam na quarta-feira (12) nas cidades para minimizar os impactos. Cerca de 4,4 mil pessoas foram diretamente afetadas, pelo menos 455 casas foram danificadas, 151 pessoas estão desabrigadas e 1,2 mil desalojadas. Uma criança também está desaparecida, em Pato Branco. Cataratas do Iguaçu Conforme o Parque Nacional do Iguaçu, são catalogados 275 saltos, o que dá às Cataratas o título de maior conjunto de quedas d'água do mundo. Além disso, elas são consideradas uma das Sete Maravilhas da Natureza. 80% das cachoeiras estão no lado argentino do parque, e os 20% restantes estão no lado brasileiro. Cataratas do Iguaçu são eleitas como 7ª principal atração turística do mundo Cataratas do Iguaçu: entenda como chuvas e baixa demanda por geração de energia levaram à vazão recorde As Cataratas do Iguaçu foram eleitas neste ano como a sétima principal atração turística do mundo pelo “Travelers’ Choice 2022 – Best of the Best”, do site de viagens TripAdvisor. VÍDEOS: Mais assistidos g1 PR Veja mais notícias da região em g1 Oeste e Sudoeste.
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