Casos de violência doméstica crescem 43,76% em fins de semana; feriados também são mais violentos, diz Sesp
Por Giuliano Saito

Em junho, por exemplo, os quatro dias do feriado de Corpus Christi concentraram mais de 17% dos registros do mês. g1 explica como buscar ajuda e denunciar. Violência doméstica e familiar contra a mulher Giuliano Gomes/PR PRESS Dados da Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) revelam que o número de casos de violência doméstica é 43,76% maior nos fins de semana, na comparação com dias de semana. Nos feriados, a incidência do crime também aumenta. Em junho deste ano, por exemplo, mais de 17% dos casos de violência doméstica se concentraram nos quatro dias do feriado de Corpus Christi. Dos 1.422 boletins de ocorrência registrados contra o crime no mês, 247 foram feitos durante o feriado. Em abril, os três dias do feriado de Páscoa concentraram 13,65% dos boletins de ocorrência registrados por esse tipo de infração, informou a Sesp. Foram 1.677 casos em todo o mês de abril, sendo 229 no feriadão. No primeiro semestre de 2022, o Paraná teve 28.229 ocorrências de violência contra mulheres. Apenas em Curitiba foram 3.793 registros. Nesta quarta-feira (7), feriado da Independência, um homem foi preso em Curitiba após descumprir uma medida protetiva por violência doméstica. Ele interfonou no apartamento da ex-esposa no momento em que ela concedia uma entrevista à RPC sobre os abusos que sofre. Leia a história completa Homem descumpre medida protetiva durante gravação de reportagem e é preso no Paraná Lei Maria da Penha: formas de coibir a violência A Lei Maria da Penha prevê diversas formas de prevenir e de coibir a violência doméstica e familiar contra a mulher. Uma delas é a medida protetiva de urgência. Pela lei, a medida protetiva de urgência deve ser concedida pela Justiça em até 48 horas após o pedido da vítima. De acordo com a Lei Maria da Penha, as medidas protetivas podem: suspender ou restringir posse ou porte de armas do agressor; afastar o agressor da casa; proibir o agressor de se aproximar da vítima; proibir que o agressor entre em contato, ligue ou mande mensagem para a vítima e seus familiares; proibir que o agressor frequente determinados lugares; restringir ou suspender visitas aos filhos; fornecer alimentação à vítima ou dependentes. >> Veja como pedir uma pedida protetiva No Paraná, outra ferramenta disponível é o Botão do Pânico. O dispositivo pode ser acionado pelo APP 190 da Polícia Militar (PM). A ferramenta pode ser solicitada por mulheres com medidas protetivas de urgência e permite rapidamente acionar órgãos de segurança pública. O botão pode ser acionado pela vítima a qualquer momento do dia ou da noite. >> Veja como pedir acesso ao Botão do Pânico Veja também: Violência contra mulher: veja os canais de denúncia disponíveis no Paraná AmarElas: entenda as características de casos de feminicídio Os vídeos mais assistidos do g1 PR Mais notícias do estado em g1 Paraná.
Você também pode gostar
Leia mais: https://g1.globo.com/pr/parana/amarelas/noticia/2022/09/08/casos-de-violencia-domestica-crescem-4376percent-em-fins-de-semana-feriados-tambem-sao-mais-violentos-diz-sesp.ghtml