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Caso Sevilha: sentença de júri popular pode sair nesta quarta (19), diz procurador

Por Giuliano Saito


Julgamento começou há quinze dias. Três são acusados pelo assassinato do auditor. Investigações mostraram que José Antônio Sevilha foi morto por multar empresa em R$ 100 milhões. Acusados no caso da morte do auditor fiscal da Receita Federal José Antônio Sevilha Reprodução/RPC A sentença do júri popular dos acusados de matar José Antônio Sevilha pode sair nesta quarta-feira (19), em Maringá, no norte do Paraná, segundo o procurador Carlos Alberto Sztoltz. O julgamento já dura 15 dias. Os réus respondem por homicídio qualificado e são os últimos a serem ouvidos antes do debate entre a acusação e defesa. Na sequência, é lida a sentença. Relembre o caso mais abaixo. O julgamento começou no dia 5 de outubro e a expectativa era que durasse uma semana, de acordo com Sztoltz. Governo do Paraná gasta mais de R$ 87 mil por mês com aluguéis para imóveis da Polícia Civil em Londrina, mostra levantamento Na manhã de domingo (16) começaram a ser ouvidos os réus. O primeiro a depor foi Fernando Ranea da Costa, acusado de ter assassinado Sevilha. Depois, foi a vez de Marcos Oliveras Gottlieb, proprietário da empresa autuada e acusado de ser o mandante do crime. O terceiro réu é o advogado Moacyr Macedo Maurício, suspeito de ter facilitado a ação do crime. Ele já começou a ser ouvido, de acordo com Sztoltz. José Antônio Sevilha foi morto porque aplicou multa de R$ 100 milhões em empresa de brinquedos Reprodução/RPC Quem é Sevilha? Sevilha era o chefe do setor de Controle Aduaneiro da Receita Federal em Maringá quando foi assassinado em uma emboscada, em 2005. Segundo as investigações, Marcos Oliveras Gottlieb, dono de uma empresa de brinquedos multada em R$ 100 milhões pelo auditor, encomendou o assassinato a Fernando Ranea Costa, com a intermediação de Moacyr Macedo. A empresa foi investigada e autuada à época por fraude em processos de importação. Mulher encontra R$ 850 em caixa eletrônico, localiza o dono e consegue devolver o dinheiro: 'Eu tinha que encontrar' Fernando Ranea da Costa e Moacyr Macedo respondem em liberdade. Marcos Oliveras Gottlieb está preso desde o início de 2019, quando a Justiça determinou a prisão preventiva, alegando dificuldades para encontrá-lo nas fases finais do processo. O g1 Paraná tenta contado com as defesas dos acusados. Terceira tentativa de julgamento O julgamento dos acusados foi marcado pela primeira vez em agosto de 2019. Porém, não foi concluído porque as defesas de dois dos três réus abandonaram o tribunal, alegando falta de condições adequadas para o júri. Um outro julgamento foi marcado para março de 2020, mas novamente foi suspenso porque um dos jurados afirmou problemas de saúde e não compareceu. Uma nova data foi marcada para outubro do mesmo ano, porém, foi adiado por conta da pandemia. Três pessoas são julgadas pelo homicídio qualificado de José Antônio Sevilha Solange Riuzim Julgamento Segundo o procurador da República Carlos Alberto Sztoltz, o julgamento é composto por sete jurados entre titulares e suplentes, dois assistentes de acusação, quatro procuradores, testemunhas e cerca de 30 advogados de defesa dos três réus. A Justiça Federal em Maringá não tem Tribunal do Júri, como a Justiça Estadual, e, por isso, o júri popular ocorre na Justiça do Trabalho, de acordo com o procurador. "O Ministério Público Federal espera que o julgamento transcorra de forma tranquila e que a condenação dos réus seja feita". Relembre o caso José Antônio Sevilha foi morto em 25 de setembro de 2005, após sair da casa da mãe. Ele parou para olhar um pneu do carro que estava murcho e foi morto a tiros. Segundo a investigação da PF, o auditor fiscal foi vítima de uma emboscada, e o crime foi encomendado porque Sevilha investigava fraudes e aplicou uma multa por importações irregulares da empresa de brinquedos de Marcos Oliveras Gottlieb. Após a a morte do auditor fiscal, a Receita Federal conduziu uma operação que resultou na interdição da empresa, acusada de sonegar tributos. VÍDEOS: Mais assistidos do g1 PR Veja mais notícias da região em g1 Norte e Noroeste.